RIO DE JANEIRO

Luciane Dom: "O racismo de todo dia não se vê em câmeras de segurança"

Luciane Dom relatou ter sofrido racismo ao ter o cabelo revistado no Santos Dumont. Infraero disse que a suposta inspeção não foi captada pelas câmeras. "Foi tudo muito rápido e sutil", escreveu a cantora após o posicionamento da empresa

Após apagar a publicação, a cantora publicou uma nota nos stories do Instagram.
Após apagar a publicação, a cantora publicou uma nota nos stories do Instagram. "Foi tudo muito rápido e sutil, o racismo de todo dia não se vê nas câmeras de segurança", disse - (crédito: Reprodução/Instagram/@lucianedom)
postado em 15/12/2023 08:48 / atualizado em 15/12/2023 09:13

A cantora Luciane Dom apagou a publicação em que relatava ter tido o cabelo revistado e sofrido racismo no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, na quinta-feira (14/12). Após apagar a publicação, a cantora publicou uma nota nos stories do Instagram. "Foi tudo muito rápido e sutil, o racismo de todo dia não se vê nas câmeras de segurança. Peço que parem o assédio e a reprodução dessa violência. Vamos seguir", escreveu Luciane.

Em nota, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) afirmou que as imagens de câmeras de segurança não constataram a inspeção nos cabelos de Luciene. "A cantora Luciane Dom foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual. Após averiguação interna, foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve inspeção nos cabelos. De acordo com a Instrução Suplementar IS 107.001-J, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as gravações feitas por essas câmeras de segurança só podem ser compartilhadas com a Polícia Federal, mediante solicitação de representantes do órgão", diz a Infraero.

Confira a nota da Infraero na íntegra:

A cantora Luciane Dom foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual. Após averiguação interna, foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve inspeção nos cabelos. De acordo com a Instrução Suplementar IS 107.001-J, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as gravações feitas por essas câmeras de segurança só podem ser compartilhadas com a Polícia Federal, mediante solicitação de representantes do órgão.

Um dos procedimentos previstos para garantir a segurança do passageiro e demais usuários, a realização de inspeção de segurança aleatória é prevista na Resolução ANAC nº 515, de 8 de maio de 2019. Destaca-se que os pórticos detectores de metais do aeroporto têm a capacidade de gerar alarmes aleatórios, com acionamento de forma automática ou sob ação do passageiro, para fins de controle de execução da inspeção aleatória.

Importante ressaltar que a inspeção de segurança aleatória é independente de origem, raça, sexo, idade, profissão, cargo, orientação sexual, orientação religiosa ou qualquer outra característica do passageiro.

A Infraero reitera que repudia quaisquer formas de discriminação, que comportamentos como injúria racial e racismo não são tolerados nos aeroportos sob sua administração e está à disposição das autoridades competentes para os esclarecimentos que façam necessários.

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