O mundo da música sertaneja e do rádio perde mais um de seus integrantes para a covid-19. O cantor e locutor Bandeirante, de 63 anos, morreu nessa quinta-feira (22/4), em Pouso Alegre, Sul de Minas, onde morava desde os 18 anos. Bandeirante fez sucesso na música ao lado de Zé Batista, sendo os primeiros a gravar a música Fuscão Preto.
Bandeirante, que também já usou o nome Wandeirante, formou dupla com Zé Batista. Nos primeiros anos da carreira, tinha ao seu lado, ainda, o sanfoneiro Darlon. O trio foi o primeiro a gravar a música Fuscão Preto, depois regravada pelo Trio Parada Dura.
Bandeirante, nome artístico de Gilberto Felício da Silveira, estava em isolamento domiciliar desde 15 de abril, com sintomas leves do novo coronavírus.
Nessa quinta, ele teve uma crise de falta de ar e foi levado às pressas para o Hospital das Clínicas Samuel Libânio. Horas depois, o cantor e locutor morreu.
O último programa na madrugada da Rádio Clube AM de Pouso Alegre foi em 14 de abril.
Bandeirante deixa mulher, filhos e netos.
40 anos de carreira
Ao longo da carreira, Bandeirante lançou 12 discos. O primeiro LP é de 1979, quando o trio Wandeirante, Zé Batista e Darlon gravou a música Fuscão Preto. O último CD é de 2011, que comemorava os 30 anos de carreira – nesse último, já com o nome Bandeirante e Zé Batista.
Ao longo da carreira, Bandeirante dividiu os palcos com grandes nomes da música sertaneja. Participou de diversos programas de televisão. No rádio, trabalhou em emissoras Pouso Alegre e Cambuí, também no Sul de Minas.
Pouso Alegre chegou a 96 mortes pela covid-19 apenas em abril, sendo o mês mais letal desde o início da pandemia. O total de vítimas da doença na cidade chega a 271, de acordo com o último boletim divulgado pela prefeitura, com dados dessa quinta-feira (22/4).
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