Um fenômeno atual tem preocupado os pais de crianças e jovens: a frequente venda das escolas a grupos empresariais. Com a gestão focada no financeiro, como ficam a defesa e a conservação do patrimônio pedagógico cultural e a atenção qualificada ao aluno?
Com razão essa preocupação deve ser levada em consideração já que a escola ideal não é a que somente coleciona resultados, mas aquela na qual os professores são altamente reconhecidos e qualificados - recebem formações contínuas - e os alunos, além de um currículo escolar forte e consistente, têm a oportunidade de desenvolver múltiplas habilidades e competências, sendo assim preparados para um mundo cada vez mais competitivo.
A escola deve possuir bases sólidas, histórico de atuação e referência em ensino qualificado e as ferramentas para desenvolver integralmente os estudantes, fortes na base acadêmica e emocionalmente seguros, preparando-os para que sejam efetivamente cidadãos globais, interconectados, com autonomia, ética e solidariedade. É nosso dever oferecer um Projeto Educativo que prepare o aluno para os mais concorridos exames nacionais e internacionais, mas sempre com o cuidado na saúde mental/emocional do jovem, sua espiritualidade e a importância dos valores da família.
A preocupação com a formação de jovens globais deve ir além de oferecer cursos de idiomas e educação bilíngue: deve promover o conhecimento intercultural e a familiarização do estudante com a cultura e com o sistema educativo dos outros países para que eles estejam preparados para ingressar no mercado de trabalho competitivo e globalizado.
É claro que, antes de mais nada, a escola deve possuir um Projeto de Internacionalização de qualidade, com metodologia própria e aperfeiçoada constantemente, e também dispor de um apoio personalizado e individualizado para cada aluno e família que deseje estudar em uma universidade estrangeira, garantindo o suporte em todas as etapas do processo seletivo, inclusive no auxílio a conquista de bolsas de estudo. Outra ação importante é a organização de palestras e eventos que conectem os alunos com universidades e empresas estrangeiras e ainda os intercâmbios, com acompanhamento de profissionais, garantindo uma experiência produtiva, prazerosa e segura.
A tão “temida” Matemática pode e deve ser ensinada aos alunos em sua versão mais divertida e estimulante, com espaço dedicado à prática unindo xadrez, educação financeira e situações-problema do cotidiano.
É importante também que o Colégio disponibilize ao aluno atividades para o desenvolvimento pessoal por meio de modalidades artísticas, culturais e esportivas que promovem a integração e influenciam positivamente na autoestima e na concentração dos alunos.
Além disso, a escola deve apostar nas novas tecnologias, na digitalização, na gamificação e na inovação. Os alunos devem ter a oportunidade de aprender e desenvolver o pensamento crítico, a inteligência emocional e a capacidade de liderança.
Há mais de 60 anos em Brasília, somos tudo isso. Temos história, com sólidas bases e reconhecimento, mas muita inovação e capacidade para formar cidadãos éticos e globais, comunicativos, pesquisadores e solidários que há décadas ocupam postos de trabalho de destaque e participam plenamente do desenvolvimento e da melhoria da sociedade que os rodeia.