Como a escola pode contribuir com a formação das novas gerações

Apresentado por  
postado em 10/10/2023 19:45 / atualizado em 20/10/2023 15:17
    -  (crédito: Divulgação Colégio Sigma)
- (crédito: Divulgação Colégio Sigma)

Quem já não ouviu falar que estamos diante de um tempo de incrível avanço científico, tecnológico, informacional. Por outro lado, nunca houve tanta incerteza, angústia sobre o futuro da humanidade e do planeta, seja por causa dos conflitos sociais, políticos, econômicos, culturais e étnicos ou pela necessidade urgente de mudar a relação com o meio ambiente.

A era da informação valoriza o conhecimento, a tecnologia e a velocidade. Com isso, temos cada vez mais indivíduos pouco reflexivos e mais espectadores, ao invés de protagonistas.

A certeza que temos é de que precisamos repensar as relações interpessoais, nossa interação com o ambiente e com as fontes de energia. Avaliar que sociedade queremos construir. Vivemos em uma época que é necessário um olhar para o coletivo e para o futuro.

O nosso papel, enquanto escola, é estimular a reflexão, o olhar crítico, e a importância de uma visão para o presente e o futuro, e atuar para termos um mundo melhor. Estimular o protagonismo dos estudantes para esses temas é cada vez mais urgente e necessário.

Para conseguir seguir esse caminho, é fundamental o fortalecimento das competências socioemocionais. Em um mundo globalizado e com os estudantes cada vez mais hiperconectados, essa passou a ser uma demanda forte para as gerações atuais de estudantes (geração alpha e geração z), que não conhecem o mundo sem o uso da tecnologia e que já se tornaram dependentes dela.

Essas gerações têm dificuldade em diferenciar o on-line do off-line. Com uma intencionalidade clara, após estudos, pesquisas e visitas a instituições de educação em diferentes países, o Sigma vem adotando projetos para desenvolver em crianças e jovens as competências necessárias para serem capazes de atuar frente aos desafios contemporâneos em mundo cada vez mais mutável, incerto, ambíguo e dinâmico.

Nesse cenário, habilidades para se relacionar com os outros e para superar os desafios da vida acadêmica, são trabalhadas sem abrir mão da excelência acadêmica. Esta é conquistada pela qualificação da equipe pedagógica, pelo planejamento e execução de metodologia de ensino consistente e atualizada, sempre priorizando as vivências, a investigação e a criatividade. Além de utilizar e estabelecer uma educação digital, entendendo os espaços como oportunidades de aprendizagem e convivência, por meio de práticas pedagógicas inovadoras e eficientes.

Outro pilar fundamental para o desenvolvimento integral do aluno, é estimular o protagonismo no mundo. Ao colocar o estudante no centro do processo de aprendizagem, essa abordagem gera mais autonomia, responsabilidade, engajamento, criatividade, além de troca de conhecimento entre os pares.

A esta altura alguns devem estar se perguntando como construir um processo de formação acadêmica que envolva competências socioemocionais, excelência acadêmica e protagonismo para uma geração muito mais imagética e hipertextual e hipermidiática?

É nesse contexto que o papel do professor ganha ainda mais valor. O profissional de educação deixa de ser o detentor do processo de aprendizagem para assumir a função de mediador do conhecimento, orientador das estratégias para que o estudante consiga chegar sozinho à resolução de conflitos cognitivos e sociais, para ser protagonista na construção de seu conhecimento.

No Sigma, os professores assumiram a corajosa postura de sempre buscar o aprendizado de novas linguagens e novas narrativas. Em sala de aula, eles aplicam novas metodologias ativas de aprendizagem, estimulam a tutoria entre pares, utilizam experiência, vivência e aprendizagem para além da sala de aula promovendo o mão na massa, a investigação, a troca de saberes, a cooperação e a co-criação de conhecimento entre os próprios estudantes.

De acordo com estudos, os aprendizes lembram de cerca de 10% do que leem, 20% do que ouvem e de 90% do que fazem. Portanto, as aulas que demandam desenvolvimento de projetos colaborativos, debates, que fazem o estudante colocar a “mão na massa”, promovem um aprendizado mais sólido e bastante antenado com a neurociência e as gerações atuais. Contribuem também para a aprovação em exames e vestibulares. Provas, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), exigem habilidades de interpretação de textos, capacidade de resolução de situações-problema e aplicação de conceitos.

Ao exercitarem o protagonismo em conjunto com o raciocínio, o resultado são crianças e jovens mais críticos, engajados, colaborativos, confiantes, capazes de resolver problemas complexos. Esta última foi uma das competências destacadas pelo Fórum Econômico Mundial como extremamente necessária em um futuro próximo.

Os estudantes da geração Alpha, portanto, se tiverem a oportunidade de ter uma educação focada na excelência acadêmica, no protagonismo e nas competências socioemocionais, certamente serão cidadãos com capacidade para transformar práticas sociais de desigualdade e promover as mudanças econômicas e sociais necessárias para ações de recuperação da natureza e o uso adequado e consciente das fontes de energia.

Natália Rocha, diretora pedagógica do Colégio Sigma
Natália Rocha, diretora pedagógica do Colégio Sigma (foto: )

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação