O cuidado com a pele ao enfrentar diferentes cenários, como altitudes elevadas em regiões como Ladakh e grandes centros urbanos como Delhi, exige atenção especial às variações na exposição aos raios solares. A escolha correta do protetor solar torna-se crucial diante das mudanças de intensidade da radiação ultravioleta (UV) causadas pelo ambiente. Em áreas de maior altitude, a atmosfera mais rarefeita deixa a pele ainda mais vulnerável aos efeitos do sol, o que pode levar ao surgimento precoce de sinais de envelhecimento cutâneo.
Em cidades com altos níveis de poluição, como acontece em grandes metrópoles, a presença constante de partículas no ar pode fornecer alguma atenuação da radiação UV, mas não elimina riscos. O uso adequado do bloqueador solar permanece indispensável para evitar não só queimaduras, mas também o envelhecimento acelerado e até doenças de pele. Por isso, a conscientização sobre a proteção solar precisa ser mantida durante o ano inteiro, em dias ensolarados ou nublados, independentemente da localização.
Por que o protetor solar deve ser adaptado à altitude?
Com o aumento da altitude, a quantidade de UV que atinge a pele cresce de maneira significativa. Isso ocorre porque a atmosfera é mais fina e absorve menos radiação, tornando a incidência dos raios solares mais intensa em lugares elevados do que em regiões ao nível do mar. Pessoas que vivem ou viajam para áreas montanhosas enfrentam até 20% mais exposição de UV a cada 1.000 metros acima do nível do mar. Esse efeito torna essencial a escolha de protetores solares que ofereçam alto fator de proteção e tecnologia voltada para ambientes extremos.
Além de escolher produtos específicos, outras medidas podem reforçar o cuidado com a pele: roupas adequadas, uso de acessórios como bonés, chapéus e óculos escuros, além de procurar sombras durante os horários de maior incidência solar. Dessa forma, a proteção se torna multifacetada, reduzindo de forma significativa os danos provocados pelos raios ultravioleta tanto em adultos quanto em crianças.
Como identificar o protetor solar mais adequado?
A decisão por determinado protetor solar vai além de observar apenas o número do Fator de Proteção Solar (FPS). Muitas pessoas acreditam que escolher um FPS muito alto elimina a necessidade de reaplicação, mas especialistas enfatizam que a eficácia do produto depende da reaplicação a cada duas horas, especialmente após transpiração ou contato com água. Outro ponto de dúvida recorrente envolve o mito de que o produto só deve ser utilizado em dias de calor intenso; estudos indicam que até 80% da radiação UV consegue atravessar nuvens, exigindo proteção mesmo em dias nublados ou frios.
No momento de adquirir um protetor solar, recomenda-se atenção a dois aspectos: a presença de rótulo indicando proteção de amplo espectro, ou seja, defesa contra os raios UVA e UVB, e a composição dos filtros utilizados. Bloqueadores minerais, como óxido de zinco e dióxido de titânio, têm ganhado espaço por oferecerem uma barreira física ao invés de absorver os raios, limitando potenciais riscos relacionados à absorção de substâncias químicas no corpo. Essa opção pode ser fundamental para pessoas com pele sensível ou preocupadas com questões ambientais.

Quais são os perigos de confiar exclusivamente no rótulo do protetor solar?
Apesar dos avanços regulatórios, nem sempre o número estampado no frasco do protetor solar corresponde ao nível real de proteção oferecido. Recentes debates e pesquisas alertam para possíveis inconsistências nas informações declaradas pelas marcas, levando o consumidor a um falso senso de segurança. O resultado pode ser o relaxamento de outros hábitos de defesa, como o uso de roupas compridas, chapéus e a procura de sombra, aumentando o risco de queimaduras e outros problemas dermatológicos.
Para garantir uma ação eficaz contra os danos do sol, recomenda-se adotar uma abordagem em camadas. Isso inclui:
- Escolher protetores solares com FPS acima de 30 e que indiquem proteção de amplo espectro
- Reaplicar o produto a cada duas horas ou após suor intenso/imersão em água
- Utilizar barreiras físicas: roupas específicas, chapéus de aba larga e óculos escuros
- Evitar exposição direta ao sol principalmente entre 10h e 16h
- Buscar sombra sempre que possível, mesmo em dias nublados
Em 2025, a busca por informações claras e atualizadas sobre proteção solar deve nortear as escolhas do dia a dia, levando em consideração tanto aspectos ambientais quanto necessidades individuais de cada tipo de pele e condição climática. A atenção a esses detalhes contribui para a preservação da saúde cutânea e redução de riscos a longo prazo.









