Entre as principais causas de mortalidade no mundo, o acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame, ocupa posição de destaque. No Brasil e em diversos outros países, a preocupação com a prevenção do AVC tem crescido, especialmente diante do aumento de casos registrados nos últimos anos. Estudos recentes indicam que, além dos fatores genéticos e condições de saúde pré-existentes, os hábitos cotidianos exercem papel fundamental na redução dos riscos associados ao AVC.
Embora muitas pessoas concentrem esforços em práticas diurnas para manter a saúde, as escolhas feitas durante a noite também influenciam significativamente a probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares. Especialistas em saúde cardiovascular destacam que pequenas mudanças no período noturno podem contribuir para a proteção do cérebro e do coração, reduzindo a incidência de derrames.
Quais hábitos noturnos aumentam o risco de AVC?
Algumas atitudes comuns no fim do dia podem impactar negativamente a saúde vascular. Entre elas, destaca-se o consumo de refeições em horários avançados. Comer tarde da noite pode desregular o relógio biológico, afetando o metabolismo e a pressão arterial. Pesquisas apontam que refeições realizadas após as 21h estão associadas a maior risco de AVC, principalmente quando essa prática se torna rotina.
Outro comportamento frequente é o sedentarismo após o jantar. Permanecer longos períodos sentado ou deitado, seja assistindo televisão ou utilizando dispositivos eletrônicos, pode prejudicar a circulação sanguínea. A falta de movimentação favorece o acúmulo de fatores de risco, como obesidade e hipertensão, que estão diretamente ligados ao desenvolvimento de derrames.
Como evitar comportamentos prejudiciais durante a noite?
Adotar algumas estratégias simples pode ajudar a minimizar os riscos. Uma delas é antecipar o horário da última refeição do dia, dando preferência a alimentos leves e ricos em fibras. Além disso, incluir uma breve caminhada após o jantar auxilia na digestão e no controle dos níveis de açúcar no sangue, fatores que contribuem para a saúde vascular.
- Evitar refeições pesadas ou tardias: Prefira jantar até duas horas antes de dormir.
- Praticar atividade física leve: Caminhadas de 20 minutos após o jantar são recomendadas.
- Reduzir o consumo de álcool: Bebidas alcoólicas podem aumentar a pressão arterial e inflamar os vasos sanguíneos.
- Estabelecer rotina de sono: Dormir e acordar em horários regulares favorece o equilíbrio do organismo.

Qual a relação entre sono e prevenção do AVC?
O sono desempenha papel essencial na recuperação e manutenção das funções do corpo. Dormir menos de cinco horas ou mais de oito horas por noite está associado a maior risco de acidente vascular cerebral, segundo pesquisas publicadas até 2025. A qualidade do sono também é relevante: noites mal dormidas podem desencadear alterações hormonais e metabólicas que favorecem o surgimento de doenças cardiovasculares.
Para garantir um sono reparador, recomenda-se evitar o uso de aparelhos eletrônicos antes de dormir, manter o ambiente escuro e silencioso e adotar uma rotina relaxante no período noturno. Essas medidas auxiliam na regulação do ciclo circadiano, reduzindo o risco de alterações que possam comprometer a saúde cerebral.
Quais hábitos noturnos são recomendados para proteger o cérebro?
Manter uma rotina noturna saudável é fundamental para a prevenção do AVC. Entre as recomendações de especialistas, destacam-se:
- Realizar refeições leves e em horários regulares.
- Evitar o consumo de álcool e outras substâncias nocivas.
- Praticar atividades físicas moderadas, mesmo que breves.
- Garantir de sete a oito horas de sono de qualidade por noite.
- Reduzir o tempo em frente a telas no período noturno.
Ao adotar esses comportamentos, é possível fortalecer a saúde cardiovascular e cerebral, diminuindo consideravelmente as chances de sofrer um derrame. A atenção aos hábitos noturnos, portanto, se mostra tão importante quanto as práticas realizadas durante o dia, contribuindo para uma vida mais saudável e protegida contra o AVC.









