Não é raro ver muitas pessoas tirarem os tênis sem desamarrar os cadarços, uma ação que pode passar despercebida como um hábito cotidiano, sem que se questione seu significado. Comum após um longo dia de trabalho ou ao finalizar uma atividade física, esse comportamento vai além da simples busca por conforto ou preguiça. Especialistas começaram a refletir sobre as implicações dessa prática habitual, associando-a a aspectos psicológicos e comportamentais.
Talvez, sem saber, ao realizar essa ação, esteja se manifestando a chamada “doença da pressa“. Esse termo, cunhado pelos cardiologistas Meyer Friedman e Ray Rosenman, descreve um estado constante de urgência, em que as pessoas tentam maximizar a quantidade de atividades realizadas no menor tempo possível. Ao não reservar um tempo para desamarrar os cadarços, pode-se estar evidenciando um desejo de acelerar processos cotidianos diante de uma necessidade imperiosa de aproveitar o tempo.
Por que é chamada de “doença da pressa”?
A “doença da pressa” não é apenas um conceito, mas sim um reflexo de uma sociedade cada vez mais acelerada e exigente. A constante luta para fazer mais em menos tempo provoca sentimentos de ansiedade e estresse. Esse comportamento de não parar nem mesmo para ações simples, como desamarrar os cadarços, é indicativo da tendência à imediatidade. A sensação de que sempre há algo mais urgente a ser feito pode se tornar um ciclo vicioso que afeta a saúde mental e física.

Faz mal tirar os tênis sem desamarrar os cadarços?
Profissionais das áreas de esporte e atividade física têm destacado possíveis impactos negativos desse tipo de comportamento. Ao remover os calçados sem desamarrar, aumenta-se a pressão sobre o material do tênis, favorecendo deformações e diminuindo sua durabilidade. Além disso, esse movimento pode gerar tensão adicional em pés e tornozelos, ocasionando desconforto ou até pequenas lesões se o hábito for repetido frequentemente. Pesquisas de instituições como a Universidade de São Paulo identificaram prejuízos relacionados à postura e ao uso inadequado dos calçados, reforçando como simples atitudes cotidianas merecem atenção para evitar problemas futuros.
Quais alternativas ajudam a combater a “doença da pressa”?
Existem diversas estratégias para diminuir essa constante sensação de urgência e melhorar o bem-estar geral. Algumas dicas incluem:
- Pausas intencionais: Reservar momentos do dia para parar, respirar profundamente e relaxar pode ajudar a interromper o ciclo de estresse.
- Planejamento: Organizar o tempo e as tarefas de forma realista, priorizando atividades essenciais e delegando outras, contribui para reduzir a urgência percebida.
- Consciência plena: Praticar a atenção plena (mindfulness) para focar no presente e diminuir a sensação do tempo como uma pressão constante.
Em resumo, embora tirar os tênis sem desamarrar os cadarços possa parecer um gesto trivial, isso indica uma tendência mais profunda à pressa e eficiência. Ao identificar e equilibrar essa urgência interna, é possível adotar um estilo de vida mais saudável e equilibrado. Inclusive, estudos recentes em plataformas como o Google Scholar têm evidenciado a importância de pequenas mudanças de hábito na promoção da saúde física e mental.






