O coração humano é complexo, e a atração por pessoas “problemáticas” ou prejudiciais é mais comum do que se imagina. Psicólogos e especialistas em comportamento estudam há décadas os fatores que levam alguém a se envolver repetidamente com pessoas que não são saudáveis emocionalmente. Entender essas motivações ajuda a tomar decisões conscientes e a buscar relacionamentos mais equilibrados.
Atração por desafios
Muitas pessoas se sentem atraídas pelo que é imprevisível ou desafiador. Essa tendência está ligada à dopamina, neurotransmissor associado à recompensa e ao prazer. Relações instáveis ou intensas provocam altos e baixos emocionais, liberando dopamina e reforçando o vínculo, mesmo que seja prejudicial.
Essa atração pode se manifestar em comportamentos como:
- Perseguir alguém que demonstra indiferença.
- Tentar “consertar” ou mudar o outro.
- Aceitar sinais mistos ou desrespeito, esperando momentos de afeto intenso.
O cérebro associa esses desafios ao prazer, criando padrões difíceis de quebrar.

Experiências passadas e apego
Histórias pessoais influenciam muito nossas escolhas afetivas. Pessoas que tiveram relacionamentos conturbados ou figuras parentais instáveis podem repetir padrões, buscando inconscientemente o familiar, mesmo que seja prejudicial.
Fatores comuns incluem:
- Apego inseguro na infância, com figuras inconsistentes.
- Modelos de relacionamento disfuncionais observados na família.
- Carência emocional ou baixa autoestima, que dificultam reconhecer sinais de alerta.
Reconhecer esses padrões ajuda a quebrar ciclos de relacionamentos tóxicos.
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O papel da autoestima
Baixa autoestima contribui para se envolver com pessoas ruins, pois o indivíduo pode acreditar que não merece relações saudáveis. Esse sentimento facilita tolerar comportamentos abusivos ou negligentes, reforçando o ciclo negativo.
Práticas para fortalecer a autoestima incluem:
- Autoavaliação honesta de valores e limites.
- Estabelecer padrões claros sobre como deseja ser tratado.
- Buscar atividades que promovam confiança e realização pessoal.
Fortalecer a autoestima reduz a probabilidade de repetir padrões prejudiciais.
Como evitar relacionamentos tóxicos?
Algumas estratégias ajudam a reconhecer e evitar pessoas nocivas:
- Observar sinais de controle, manipulação ou desrespeito.
- Estabelecer limites claros desde o início.
- Conversar sobre expectativas e sentimentos abertamente.
- Valorizar relacionamentos recíprocos e equilibrados.
Prestar atenção a comportamentos repetitivos e padrões de alerta ajuda a escolher relações mais saudáveis.
A atração por pessoas ruins tem raízes emocionais, biológicas e psicológicas. Com consciência, autoconhecimento e fortalecimento da autoestima, é possível quebrar ciclos prejudiciais e construir relacionamentos saudáveis, equilibrados e satisfatórios.







