O comportamento aditivo de cães em relação aos seus brinquedos tem chamado a atenção da ciência, especialmente devido ao impacto que pode ter no bem-estar emocional e físico desses animais. Pesquisadores da Suíça e Áustria têm investigado como certos comportamentos compulsivos semelhantes aos das pessoas podem também surgir em cães.
Como os cães desenvolvem comportamento obsessivo por brinquedos?
Os pesquisadores observaram 105 cães de diferentes raças com alto impulso para brincadeiras, analisando como priorizavam o brinquedo em relação a outras atividades. Raças como pastor-belga Malinois, Border Collie e Labrador Retriever estiveram entre as estudadas.
Esses cães demonstraram fixação extrema, chegando a negligenciar alimentação ou interação social. Isso sugere que certos objetos funcionam como verdadeiros ímãs motivacionais, despertando grande expectativa e perseverança durante a brincadeira.
Leia também: Esse é o tempo certo para banhar o seu cachorro
Por que é importante limitar o acesso dos cães aos brinquedos?
A equipe avaliou os cães com livre acesso ao brinquedo e também na ausência do objeto, além de considerar relatos dos tutores sobre o manejo em casa. A limitação do acesso ajuda a prevenir a dependência e a promover uma rotina mais equilibrada.
Leia Também
Com base nessas observações, os pesquisadores recomendam que tutores adotem algumas estratégias para evitar comportamentos compulsivos e enriquecer o dia a dia dos cães:
- Limitar o acesso contínuo aos brinquedos mais atrativos.
- Supervisionar as sessões de brincadeira sempre que possível.
- Variar as atividades e recompensas no dia a dia do cão.
- Oferecer períodos de descanso após a brincadeira.
O que a obsessão por brinquedos pode indicar sobre o bem-estar dos cães?
A obsessão por brinquedos pode ser um sinal de desequilíbrios no bem-estar e requer atenção dos responsáveis. Monitorar o impacto desses comportamentos é fundamental para garantir que o animal se beneficie da brincadeira, sem prejuízos à sua saúde ou ao comportamento.
É importante consultar um profissional ao notar sinais excessivos de apego ou mudança de comportamento, pois novas pesquisas são necessárias para aprofundar o entendimento desse fenômeno em diferentes contextos e perfis caninos.
