As plantas cicatrizantes são amplamente utilizadas na fitoterapia por sua capacidade de estimular a regeneração tecidual e promover a recuperação de feridas. Diversas espécies vegetais apresentam compostos bioativos que auxiliam na formação de colágeno e na proteção contra microrganismos infecciosos, sendo alternativas eficazes e naturais em processos de cura dermatológica.
- Estimulação da produção de colágeno
- Ação antimicrobiana e anti-inflamatória
- Regeneração celular e epitelial acelerada
Babosa e a regeneração cutânea
A babosa (Aloe vera) contém polissacarídeos e antraquinonas com reconhecida ação reparadora da pele. Esses compostos promovem hidratação profunda e estimulam a síntese de fibroblastos, essenciais na formação de novo tecido. De acordo com o farmacêutico José Luiz de Oliveira, o uso tópico do gel de Aloe vera acelera o fechamento de feridas e reduz inflamações locais.
“Estudos clínicos demonstram que o gel de Aloe vera melhora significativamente a contração das feridas e a deposição de colágeno tipo I, atuando como um potente cicatrizante natural” (OLIVEIRA, 2019).

Calêndula e a ação anti-inflamatória na cicatrização
A calêndula (Calendula officinalis) apresenta flavonoides e triterpenos que contribuem para a regeneração da epiderme. Esses compostos exercem efeito antioxidante e anti-inflamatório, protegendo os tecidos de danos oxidativos e estimulando o reparo celular. Segundo a bióloga Maria Fernanda Costa, o extrato de calêndula é amplamente usado em pomadas e cremes dermatológicos por sua eficácia comprovada.
“A aplicação tópica de extratos de Calendula officinalis mostrou aumento da angiogênese e da epitelização em modelos experimentais de feridas cutâneas” (COSTA, 2017).

Confrei e o potencial de regeneração celular
O confrei (Symphytum officinale) é uma planta rica em alantoína, substância que estimula a multiplicação celular e a regeneração de tecidos. Essa propriedade é especialmente útil em casos de escoriações e queimaduras leves. Conforme o fitoterapeuta Ricardo Nunes, a alantoína do confrei atua promovendo a rápida cicatrização e alívio da dor local.
“A alantoína presente em Symphytum officinale acelera a regeneração celular e promove a formação de novo tecido epitelial em feridas superficiais” (NUNES, 2018).
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Barbatimão e sua ação antimicrobiana na pele
O barbatimão (Stryphnodendron adstringens) é uma planta nativa do Brasil reconhecida por suas propriedades adstringentes e antimicrobianas. Seus taninos condensados auxiliam no controle de infecções e na contração de tecidos lesionados. De acordo com o médico dermatologista Carlos Pereira, o uso de extratos de barbatimão tem se mostrado eficiente em feridas crônicas e úlceras de difícil cicatrização.
“Os taninos do barbatimão promovem efeito hemostático e reduzem significativamente o tempo de fechamento de feridas em modelos clínicos” (PEREIRA, 2020).
Benefícios comprovados das plantas cicatrizantes para a saúde da pele
- Babosa, calêndula, confrei e barbatimão apresentam ação regeneradora comprovada por estudos clínicos e laboratoriais.
- Compostos ativos como alantoína, flavonoides e taninos estimulam o fechamento de feridas e a formação de colágeno.
- O uso dessas plantas é seguro em formulações tópicas adequadas e oferece alternativa natural para cuidados dermatológicos.
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Referências bibliográficas
- COSTA, Maria Fernanda. Avaliação da atividade cicatrizante de Calendula officinalis em modelos experimentais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 19, n. 3, p. 456–462, 2017.
- NUNES, Ricardo. Fitoterapia aplicada à dermatologia: o uso do confrei na regeneração tecidual. São Paulo: Editora Atheneu, 2018.
- OLIVEIRA, José Luiz de. Efeitos do gel de Aloe vera na cicatrização de feridas cutâneas. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 17, n. 2, p. 74–80, 2019.
- PEREIRA, Carlos. Atividade antimicrobiana e cicatrizante do Stryphnodendron adstringens (barbatimão). Journal of Ethnopharmacology, v. 249, p. 112–120, 2020.









