Pesquisadores estudaram cerca de 12 mil sepulturas nos cemitérios da antiga Akhetaten, hoje Amarna, em escavações realizadas entre 2005 e 2022, trazendo novas interpretações sobre a vida e a morte na cidade fundada por Akhenaton.
Como as sepulturas individuais ajudam a entender a vida em Amarna?
As sepulturas individuais, frequentemente acompanhadas de mortalhas têxteis e “caixões” de esteira, demonstram um cuidado detalhado com os corpos, distinto de situações caóticas típicas de epidemias. Pesquisas lideradas pela dr. Gretchen R. Dabbs, da Universidade do Sul de Illinois Carbondale, destacam a preservação das práticas funerárias tradicionais.
Mesmo em sepulturas compartilhadas, é possível observar padrões que sugerem laços familiares, principalmente entre mulheres e crianças. Estes indícios apontam para uma organização social estável, longe do quadro esperado em crises sanitárias devastadoras.

O que os textos antigos indicam sobre doenças em Akhetaten?
Diversos textos da região mencionam doenças, como as famosas orações da peste hititas e cartas do arquivo de Amarna. No entanto, os registros arqueológicos encontrados não confirmam que houve uma epidemia mortal em Akhetaten.
Embora fontes literárias antigas tragam relatos sobre doenças, os dados científicos das escavações apontam inconsistências entre a narrativa textual e a realidade arqueológica observada na cidade, demonstrando que a devastação interna possivelmente não ocorreu.
Quais evidências arqueológicas desafiam a hipótese de epidemia em Amarna?
A ausência de fossas comuns massivas contradiz a hipótese de mortalidade em massa. O padrão cuidadosamente elaborado nos enterros indica a continuação das ordens culturais tradicionais, e não sinais de pressa ou desespero.
Os esqueleto analisados apresentam traços como hipoplasia linear do esmalte na dentição, sugerindo estresse na infância. Em sequência à análise, vale destacar:
- Presença de traumas na coluna vertebral
- Doenças degenerativas nas articulações
- Aparente manutenção de práticas funerárias organizadas
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O que os indícios arqueológicos sugerem sobre a cidade de Akhetaten?
Os estudos apontam para uma cidade submetida a condições de vida difíceis, mas não vitimada por uma peste repentina. A evidência de continuidade nas atividades urbanas e reformas ao longo dos anos indica que Akhetaten não colapsou de maneira abrupta.
Essas informações ressaltam como a ciência arqueológica pode desafiar narrativas históricas tradicionais. Reforça-se o valor de fundamentar o conhecimento em evidências, ao invés de mitos perduráveis.
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Por que é importante reavaliar as grandes histórias à luz da pesquisa científica?
O caso de Akhetaten motiva estudiosos a revisitar narrativas consagradas, utilizando dados locais e análise empírica para diferenciar fatos históricos de simples relatos populares. Esse movimento é crucial para aprimorar a compreensão do passado.
Portanto, a análise de Amarna evidencia a necessidade contínua de buscar precisão e rigor ao reexaminar contextos históricos à luz de avanços arqueológicos recentes.









