Dar nome a um recém-nascido pode parecer um ato simples e intuitivo, mas nos Estados Unidos há um intricado conjunto de regras e regulamentos que controlam essa prática, com variações relevantes entre os estados para assegurar clareza e praticidade nos registros civis.
Quais são as principais restrições legais para nomes nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, a escolha de nomes é regida por diretrizes estaduais específicas. Embora os critérios variem, o objetivo unificado é evitar problemas nos sistemas legais e administrativos. Nomes com números, símbolos ou conteúdo considerado ofensivo são geralmente proibidos para limitar ambiguidades ou complicações.
Outro fator importante é a semelhança com títulos oficiais ou nomenclaturas que possam confundir autoridades. Isso explica, por exemplo, a recusa a nomes como “Rei” ou “Juiz” em alguns estados. Em estados como Dakota do Norte e Minnesota, há uma proibição explícita do uso de números em nomes civis.

Como o caso de Michael Herbert Dengler influenciou a legislação americana sobre nomes
Em 1976, o caso em que Michael Herbert Dengler tentou mudar seu nome para “1069” teve ampla repercussão. As cortes americanas rejeitaram seu pedido, inclusive quando ele sugeriu a forma escrita por extenso, marcando um precedente significativo na legislação sobre nomes.
Após esse episódio, vários estados passaram a regulamentar de forma clara a proibição de nomes numéricos, consolidando o entendimento jurídico dos limites na escolha de nomes. Esse caso impulsionou a criação de normas mais detalhadas para registros civis. Além disso, a jurisprudência ajudou a prevenir registros que pudessem gerar dificuldades nos bancos de dados e na identificação de cidadãos dentro de sistemas eletrônicos cada vez mais interligados.
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Quais são os exemplos recentes e quais estados aplicam regras mais rígidas
Casos recentes, como a tentativa de Elon Musk de nomear seu filho “X Æ A-12”, reforçam a importância dessa jurisprudência. A Califórnia, por exemplo, só aceita nomes compostos pelas 26 letras do alfabeto inglês, tornando sua legislação uma das mais claras nesse aspecto.
Veja outros exemplos de regras rígidas ou inusitadas adotadas por estados:
- Nevada: Proíbe nomes com símbolos, exceto apóstrofos e hifens.
- Texas: Limite de 100 caracteres para nomes próprios.
- Ohio: Não aceita números ou sinais de pontuação, exceção para hifens e apóstrofos.
Além destes, alguns estados como Oregon e Geórgia exigem que nomes sejam necessariamente transliteráveis para os caracteres latinos, reforçando a padronização. Já em Massachusetts, é permitido usar até 40 caracteres para nomes, mas a inclusão de emojis é explicitamente proibida.
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Por que as regras para nomes são diferentes entre os estados americanos
A legislação descentralizada dos Estados Unidos permite que cada estado formule suas próprias diretrizes para nomes. Dessa forma, há variação significativa de regras entre locais como Arizona, que apresenta maior tolerância para nomes excêntricos, e outros estados mais restritivos.
A diversidade normativa reflete o equilíbrio entre garantir sistemas administrativos eficientes e respeitar a liberdade individual dos cidadãos. Ainda que experiências marcantes como o caso “1069” sirvam como referência nacional, os limites e permissões variam amplamente, ajustados conforme o contexto cultural de cada estado. Vale notar que, em algumas situações, decisões de tribunais estaduais podem criar novas interpretações ou exceções, demonstrando como se trata de uma legislação dinâmica e em constante adaptação.








