Muitas pessoas sentem que aparentam ou se sentem mais jovens do que realmente são, fenômeno influenciado por fatores como o ambiente social, ansiedade relacionada ao envelhecimento e o ageism. Segundo o National Poll on Healthy Aging, da University of Michigan, 59% dos adultos entre 50 e 80 anos afirmam sentir-se mais jovens do que sua idade cronológica (University of Michigan, 2020)
Como o ambiente social influencia a percepção da idade
O ambiente social exerce grande influência sobre como cada pessoa percebe sua própria juventude. Ter apoio de grupos e participar de comunidades que valorizam uma imagem positiva do envelhecimento pode tornar a experiência de envelhecer mais saudável. Em uma análise longitudinal, Levy et al (2002) demonstraram que adultos com percepções positivas sobre envelhecer viveram, em média, 7,5 anos a mais do que aqueles com visão negativa.
Por outro lado, ambientes negativos podem levar à internalização de uma visão deteriorada sobre si mesmo. Adaptar-se a um círculo social positivo pode ser decisivo para manter uma autoimagem equilibrada.
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Quais os efeitos do ageism autoinfligido na saúde e autoestima das pessoas
O ageism autoinfligido ocorre quando indivíduos absorvem estereótipos negativos sobre o envelhecimento, prejudicando sua própria autoestima. Esse fenômeno acarreta consequências negativas, impactando tanto o bem-estar emocional quanto a saúde física dos mais velhos.
Em uma análise de estudos, foi observado que manter uma perspectiva positiva sobre a velhice pode aumentar significativamente a longevidade das pessoas. Nesse contexto, é importante reconhecer e combater o preconceito internalizado. Uma meta-análise internacional indicou que ageism está ligado a maior risco de depressão, pior saúde física e menor qualidade de vida (Chang et al., 2020).
- Redução da autoestima
- Aumento do risco de depressão
- Impacto negativo na saúde física
- Diminuição da expectativa de vida
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Sentir-se jovem de coração traz benefícios para o envelhecimento saudável
Manter-se “jovem de coração” está relacionado com menor declínio cognitivo e melhor adaptação emocional, de acordo com a psicóloga Leticia Martín Enjuto. Estar aberto a novas experiências mantém o cérebro ativo e favorece o bem-estar geral.
Essa atitude positiva estimula áreas cerebrais importantes para atenção e percepção, promovendo o envelhecimento saudável. Cultivar leveza e curiosidade pode ser um diferencial importante, especialmente nos desafios que surgem com o passar dos anos. Além disso, estudos indicam que quem se vê como mais jovem tende a adotar hábitos mais saudáveis e buscar recursos sociais para se manter ativo.

Como adotar hábitos para uma percepção positiva do envelhecimento
Para manter uma visão otimista sobre o envelhecer, é fundamental investir em práticas que promovam o bem-estar físico e emocional. Estar inserido em um ambiente social estimulante também desempenha papel relevante nesse processo.
Entre as estratégias recomendadas para sustentar uma postura positiva diante da idade, algumas merecem destaque:
- Praticar atividades físicas regularmente
- Manter a mente ativa por meio da leitura e aprendizado
- Participar de grupos sociais com visão otimista do envelhecimento
- Buscar meditação e mindfulness para fortalecer a saúde mental
Referências bibliográficas
- University of Michigan. National Poll on Healthy Aging: Healthy Aging Highlights. 2020. Disponível em: https://www.healthyagingpoll.org
- Levy, B. R., Slade, M. D., Kunkel, S. R., & Kasl, S. V. (2002). Longevity increased by positive self-perceptions of aging. Journal of Personality and Social Psychology, 83(2), 261–270.
- Chang, E.-S., Kannoth, S., Levy, S., et al. (2020). Global reach of ageism on older persons’ health: A systematic review. PLOS ONE, 15(1), e0220857.








