A comunicação por mensagens instantâneas tornou-se uma prática comum na sociedade contemporânea, facilitando a troca de informações de forma ágil. Embora útil, nem sempre as respostas chegam na velocidade esperada, gerando frustrações ou até mesmo ansiedade em quem espera por um retorno. Segundo a psicologia, diversos fatores comportamentais e traços de personalidade influenciam o tempo de resposta às mensagens.
Por que algumas pessoas demoram para responder mensagens instantâneas
Entre as razões mais frequentes para a demora, destaca-se a necessidade de estabelecer limites pessoais. Em um mundo hiperconectado, responder mensagens pode se tornar desgastante, levando muitos a priorizarem momentos de desconexão para preservar a saúde mental.
No âmbito profissional, a dificuldade em equilibrar vida pessoal e trabalho faz com que alguns estabeleçam regras para só responder mensagens dentro do horário comercial, protegendo-se da sobrecarga digital.
A neurocientista Amanda Ribeiro, em seu perfil @amandabribeiro0 no TikTOk, detalha um pouco sobre o outro lado:
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Como o estilo de apego pode influenciar a resposta às mensagens digitais
O estilo de apego exerce impacto direto sobre o comportamento digital. Indivíduos com apego evitativo tendem a postergar respostas como forma de manter distância emocional, enquanto aqueles com apego ansioso geralmente respondem rapidamente, sofrendo quando percebem demora do outro lado.
É importante notar que as reações variam e podem ser intensificadas por situações específicas, como início de relacionamentos ou contextos de trabalho em equipe, onde o tempo de resposta ganha outros significados. Estudos mostram que o estilo de apego influencia diretamente o comportamento digital: indivíduos com apego evitativo costumam demorar mais para responder mensagens, enquanto os com apego ansioso tendem a responder rapidamente e sentir desconforto diante da demora do outro (Drouin et al., 2015).
Quais são os hábitos pessoais que afetam a velocidade na resposta
Os hábitos diários influenciam bastante a rapidez ou demora nas respostas. Pessoas que não utilizam o celular constantemente, têm rotina ocupada ou preferem outros meios de comunicação podem demorar mais para responder. Pesquisas mostram que a velocidade das respostas está mais ligada aos hábitos individuais de uso do smartphone do que ao interesse emocional em si (Oulasvirta et al., 2012).
Para ilustrar como os hábitos variam, veja exemplos comuns:
- Deixar notificações desativadas, resultando em menor atenção às mensagens
- Anotar para responder mais tarde e acabar esquecendo
- Priorizar a comunicação presencial em detrimento da digital
O interesse e as prioridades pessoais impactam a frequência das respostas?
O nível de interesse ou prioridade atribuído à conversa pode ser determinante. Se uma pessoa responde prontamente apenas para alguns contatos, há chances de que a conversa com outros não esteja entre suas prioridades atuais.
Contudo, é essencial considerar que nem sempre demora é descaso; pode responder a fatores como preferência por diálogos mais objetivos, cansaço ou excesso de demandas diárias.
O que fazer quando a demora das respostas afeta o emocional
Se a demora passa a gerar desconforto emocional, o melhor caminho é focar em um diálogo aberto e claro sobre expectativas e necessidades de comunicação. Isso pode evitar frustrações e promover relações mais saudáveis.
Também é relevante lembrar-se de que cada pessoa tem seu próprio ritmo e rotina. Não se deve associar a demora da resposta diretamente ao próprio valor ou importância na vida do outro.
Referências bibliográficas
- Drouin, M., et al. (2015). “Attachment and texting behaviors: Effects on relationship satisfaction.”
- Oulasvirta et al. (2012). “Habits make smartphone use persistent”
