Os cães consolidaram-se como os animais de estimação mais populares na Espanha, com uma população que supera os 9 milhões, segundo a Federação Europeia de Alimentação para Animais de Companhia. Esses animais formam parte da família e despertam a atenção de pesquisadores interessados em entender os fatores que influenciam sua vida e longevidade.
Por que cães de porte grande vivem menos tempo
Pesquisas recentes conduzidas pela Universidade de Liverpool e pela Dogs Trust, no Reino Unido, comprovam a ligação entre o tamanho do cão e sua expectativa de vida. Os dados apontam que, quanto maior a raça, menor tende a ser sua longevidade, devido a fatores biológicos associados ao seu porte, em uma valiação que contou com 584 mil cães.
Confira na tabela abaixo as 5 raças de cães de grande porte com menor expectativa de vida:
| Raça | Expectativa média de vida (anos) |
|---|---|
| Pastor Caucasiano | 5,4 |
| Terra Nova | 6,8 |
| Dog Alemão | 7,0 |
| Presa Canário | 7,7 |
| Mastim Italiano | 8,1 |
O pastor caucasiano, por exemplo, vive em média 5,4 anos, enquanto o presa canário chega próximo dos 7,7 anos. Esses cães impressionam pelo físico robusto, mas sofrem com desgaste físico acentuado e maior frequência de doenças articulares, cardíacas e outras complicações de saúde desde jovens.
Principais fatores que reduzem a expectativa de vida dos cães grandes
A constituição física robusta dos cães grandes traz desafios à sua saúde. Muitas dessas raças enfrentam limitações relacionadas à mobilidade e são predispostas a diversos problemas que podem comprometer a qualidade e o tempo de vida.
Entre os principais fatores que contribuem para uma expectativa de vida menor, podemos destacar:
- Problemas cardíacos: Frequentes em cães de grande porte, exigem constante atenção à saúde cardiovascular.
- Displasia coxofemoral: Condição genética que limita a mobilidade dos cães.
- Torção gástrica: Distúrbio digestivo sério e potencialmente fatal.
Isso acontece não apenas com cachorros, mas em todas as espécies de grande porte, como explica o especialista do perfil @pidobiologia:
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Genética influencia quanto tempo vivem as raças grandes
A genética tem papel central na saúde de cães de grande porte, interferindo diretamente em sua longevidade. O mastim italiano, por exemplo, tem expectativa média de vida de 8,1 anos, enfrentando desafios relacionados à musculatura, peso e condições congênitas.
Tendências ao sobrepeso e predisposição a certos problemas cardiovasculares e osteomusculares ilustram como características genéticas acabam limitando o tempo de vida desses cães, exigindo cuidados específicos dos tutores.

Entenda os desafios enfrentados pelas raças São Bernardo e mastim
O São Bernardo possui expectativa de vida em torno de 9,3 anos e o mastim, cerca de 9 anos. Em comum, tais raças enfrentam doenças cardíacas, cânceres específicos, além de problemas ósseos e a perigosa torção gástrica. Apesar de serem famosos pela força e temperamento dócil, essas características exigem atenção redobrada dos proprietários para oferecer qualidade de vida superior e minimizar os efeitos dessas vulnerabilidades comuns às raças grandes.
Portanto, apesar de todas as qualidades que os cães de grande porte possuem, seu tamanho exige cuidados especiais ao longo da vida. Compreender os riscos de saúde envolvidos é fundamental para garantir o bem-estar desses fiéis companheiros, que seguem conquistando espaço nos lares e corações das pessoas.
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