Pesquisas recentes exploram como a qualidade do sono, particularmente a fase de Movimentos Oculares Rápidos (REM), pode influenciar o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. Ao entender as complexas relações entre sono e saúde cerebral, especialistas buscam formas de identificar sinais precoces dessas condições e implementar estratégias de prevenção.
O Alzheimer é uma condição que prejudica memória e comportamento, afetando milhões ao redor do globo. Embora suas causas não sejam totalmente compreendidas, novos estudos destacam o sono, sobretudo a etapa REM, como um fator potencialmente crucial. Essa fase específica do sono, fundamental para a consolidação da memória, levanta questões sobre como suas perturbações podem prever problemas cognitivos futuros.
Como o sono REM contribui para o funcionamento do cérebro?
Durante o sono REM, ocorrem importantes processos cerebrais. Conhecida por seus sonhos vívidos, esta fase promove a consolidação de memórias e o processamento de informações. Essencialmente, o cérebro realiza uma espécie de organização interna, o que é vital para o aprendizado e a estabilidade emocional. Qualquer interrupção nesta fase poderia, portanto, impactar diretamente a saúde mental, reforçando a importância de um sono reparador.

O sono influencia realmente o risco de Alzheimer?
Estudos vêm associando padrões irregulares de sono a um maior risco de Alzheimer. Pesquisas indicam que tomar mais tempo para atingir o sono REM pode estar relacionado a biomarcadores da doença, que precedem os sintomas clínicos. Compreender essa ligação pode ser essencial para desenvolver métodos de intervenção precoce, mesmo que mais evidências sejam necessárias para estabelecer uma ligação direta e causal.
Quais práticas podem garantir um sono REM de qualidade?
Um sono saudável é uma das bases para a proteção cerebral. Embora fatores individuais influenciem a duração do sono REM, algumas práticas podem melhorar a qualidade geral do sono. Recomenda-se:
- Estabelecer um horário consistente para dormir e acordar, mesmo durante fins de semana.
- Controlar substâncias como cafeína e álcool que podem afetar o sono.
- Incorporar exercícios físicos à rotina diária, preferencialmente em horários matutinos.
- Criar um ambiente de sono calmo, limitando luz e ruído antes de dormir.
- Consultar um médico antes de iniciar o uso de medicamentos para dormir.
Quais abordagens podem reduzir a probabilidade de desenvolver Alzheimer?
Além do cuidado com o sono, mudanças de estilo de vida podem desempenhar um papel na redução do risco de Alzheimer. A prática regular de exercícios, a gestão de condições como hipertensão e diabetes, a cessação do tabagismo, e a moderação no consumo de álcool são fundamentais. Adotar uma dieta balanceada e manter visitas médicas regulares complementam uma rotina preventiva. Com a ciência em evolução, focar em qualidade de vida e equilíbrio continua sendo uma estratégia chave para a promoção de saúde mental a longo prazo.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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