Adiar o alarme é um comportamento comum que vai além do simples ato de tentar dormir alguns minutos a mais. Segundo especialistas, elementos como o cansaço físico e fatores emocionais influenciam diretamente a qualidade do sono, e essa prática pode refletir um sono não reparador e níveis elevados de estresse, afetando negativamente o início do dia.
Por que tantas pessoas têm o hábito de adiar o alarme?
Entre as razões para esse comportamento está a inércia do sono, quando o cérebro precisa de mais tempo para atingir o estado ideal de alerta, ainda mais se o descanso não foi suficiente. Além disso, a ansiedade antecipatória faz com que as pessoas permaneçam na cama como um mecanismo para aliviar momentaneamente a tensão diante de desafios que esperam enfrentar ao longo do dia.
Estudos ressaltam que fatores sociais, como a cultura do “trabalho até tarde” e a dependência de dispositivos eletrônicos no período noturno, podem potencializar esse comportamento, prejudicando ainda mais o sono reparador.
O Professor Vitor Teixeira, do perfil @prof.vitort, trouxe os problemas desse hábito:
@prof.vitort como o hábito de utilizar o modo soneca do despertador nos faz mal. #habitos #habitossaudaveis #crescimentopessoal #desenvolvimentopessoal #reflexão ♬ A tense suspense piece on the piano(1270072) – illmatic studio
Como o hábito de adiar o alarme prejudica o sono?
Um estudo publicado na revista Sleep Medicine em 2022 identificou que o uso constante da função “soneca” fragmenta os ciclos do sono, provocando maior fadiga matinal e diminuindo o efeito restaurador do descanso. Essas interrupções aumentam a sensação de cansaço e confusão ao acordar.
Esse impacto negativo pode ser ainda maior se o sono já for irregular ou interrompido durante a noite. Veja algumas consequências mais comuns:
- Dificuldade de concentração nas primeiras horas do dia
- Aumento da irritabilidade e do mau-humor
- Comprometimento da produtividade matinal
De que maneira os aspectos emocionais influenciam esse comportamento?
O impacto emocional relacionado ao ato de adiar o alarme é significativo, pois o início abrupto de um novo dia pode soar como uma interrupção indesejada do descanso para quem já se sente exausto. Essa transição de estados pode gerar um ciclo negativo de frustração e culpa, agravando sentimentos de incapacidade para lidar com as demandas diárias.
Especialistas apontam que a resposta emocional está diretamente ligada ao modo como o corpo, a mente e a rotina se alinham ou não com as necessidades individuais, mostrando a importância de compreender a causa desse hábito.

O que os especialistas dizem sobre a relação entre adiar o alarme e saúde mental?
De acordo com Rebecca Robbins, pesquisadora da Harvard Medical School, manter-se em ciclos de sono insuficiente recorrendo à função soneca pode desencadear respostas emocionais complexas. Essa escolha pode ser um sinal claro de exaustão acumulada e de um bem-estar emocional comprometido.
O hábito de adiar o alarme pode indicar níveis de desgaste físico e mental elevados, os quais tendem a piorar sem intervenções direcionadas para melhorar a qualidade tanto do sono quanto da saúde mental a longo prazo.
Como é possível abandonar o hábito de adiar o alarme e dormir melhor?
Reverter o hábito requer identificar a origem pessoal dessa decisão, permitindo ajustes em comportamentos que favoreçam um início de dia mais tranquilo. O primeiro passo é observar e modificar fatores que prejudicam o sono, além de buscar equilíbrio na rotina emocional.
Entre as estratégias recomendadas pelos especialistas, destacam-se:
- Manter horários regulares para dormir e acordar, mesmo nos finais de semana
- Criar um ambiente propício ao sono, sem excesso de luz ou ruídos
- Evitar dispositivos eletrônicos antes de dormir
- Buscar apoio psicológico se houver sinais de ansiedade ou estresse crônico










