Depois de oito anos mudando a forma como vemos distopia na TV, The Handmaid’s Tale chegou ao fim em maio de 2025. A série que começou com Elisabeth Moss interpretando uma mulher forçada a ter filhos para outros terminou mostrando uma revolução completa. O final foi tão intenso que a própria Moss disse ter chorado muito ao ler o último roteiro.
A sexta temporada estreou em abril de 2025 no Hulu e trouxe exatamente o que os fãs esperavam há anos: June finalmente liderando uma rebelião de verdade. Não foi só resistência silenciosa ou fugas desesperadas. Desta vez, foi guerra mesmo. A série conseguiu algo raro: terminar no auge, sem se arrastar ou perder a força. Elisabeth Moss dirigiu os últimos episódios, fechando o ciclo de uma personagem que a acompanhou por quase uma década.
Por que essa temporada final foi diferente de todas as outras?
A sexta temporada de The Handmaid’s Tale foi feita para ser o grand finale que todo mundo queria. Moss disse que foi a temporada mais cara e ambiciosa, com mais locações, mais elenco e mais ação do que qualquer outra. A produção sabia que era a última chance de contar essas histórias, então capricharam em tudo.
O foco principal ficou na relação entre June e Serena, interpretada por Yvonne Strahovski. As duas passaram de inimigas mortais para aliadas improváveis, fugindo juntas num trem de refugiados no final da quinta temporada. Essa parceria estranha virou o coração da temporada final. Moss sempre disse que a série era tanto sobre June quanto sobre Serena, e no final isso ficou bem claro.
Como Elisabeth Moss se despediu de June Osborne?
Elisabeth Moss viveu June Osborne por nove anos da sua vida. Ela não foi só atriz, mas também produtora executiva e diretora de vários episódios importantes. No final das contas, ela dirigiu o primeiro e o último episódio da sexta temporada, o que fez a despedida ainda mais especial.
A atriz disse que foi muito significativo terminar a série sendo mãe na vida real. Moss teve seu primeiro filho em 2024 e trouxe o bebê para o set de filmagem no Canadá. Interpretar uma mãe lutando para recuperar a filha ganhou uma dimensão completamente nova. Ela descreveu a experiência como “visceral e emocional”, muito diferente de quando começou a série sem ter filhos.
O que aconteceu com os personagens principais?
A série terminou de forma inteligente, resolvendo as histórias principais mas deixando algumas pontas soltas para The Testaments, a série spin-off que já está em desenvolvimento. June conseguiu sua revolução, Gilead foi severamente enfraquecido, mas não completamente destruído. O regime ainda existe, só que bem mais frágil.
Uma das grandes decepções para os fãs foi que June nunca conseguiu recuperar Hannah, sua filha mais velha. Mas isso foi proposital. Margaret Atwood já tinha planejado essa história no livro The Testaments, então os roteiristas não podiam mudar isso. Moss disse que entende a frustração dos fãs, mas que a história de Hannah continua na sequência.
Qual é o legado de The Handmaid’s Tale?
The Handmaid’s Tale virou muito mais que uma série de TV. Virou símbolo de resistência feminina no mundo real. As vestimentas vermelhas das aias apareceram em protestos do mundo inteiro, especialmente depois que Roe vs. Wade foi derrubado nos Estados Unidos. A série conseguiu algo raro: influenciar a política real.
Bradley Whitford, que interpretou Comandante Lawrence, disse que o tema da temporada final é resistência. Moss se orgulha de ver como pessoas usaram a série para se encorajar a lutar pelo que acreditam. A ficção virou ferramenta de ativismo, coisa que poucos programas de TV conseguem fazer.
O que vem depois do fim de Gilead?
O fim de The Handmaid’s Tale não é realmente o fim. Bruce Miller, criador da série original, já está desenvolvendo The Testaments para o Hulu. Ann Dowd deve voltar como Tia Lydia, e Moss vai ser produtora executiva. A nova série vai se passar anos depois dos eventos da original.
Moss não está pronta para se despedir completamente desse universo. Ela passou nove anos trabalhando nisso, praticamente sem parar. O final da série original é na verdade uma ponte para The Testaments, que deve estrear nos próximos anos. Para os fãs, isso significa que a história de Gilead ainda não acabou, só está entrando numa nova fase.










