O dente-de-leão, conhecido cientificamente como Taraxacum officinale, é uma planta amplamente distribuída em áreas urbanas e rurais, muitas vezes vista apenas como mato indesejado em jardins e calçadas. No entanto, em diferentes tradições medicinais, essa espécie herbácea é associada ao cuidado do fígado, dos rins e do sistema linfático, sendo frequentemente incluída em protocolos de fitoterapia, desintoxicação e drenagem de líquidos, o que explica o crescente interesse científico e popular ao seu redor.
Qual é a relação entre dente-de-leão e drenagem linfática
A expressão dente-de-leão para drenagem linfática aparece com frequência em materiais sobre saúde natural, principalmente quando o tema é retenção de líquidos, edema leve e sensação de inchaço. O sistema linfático é responsável pelo transporte de líquidos e pela remoção de substâncias indesejadas do organismo, e quando esse fluxo se torna lento podem surgir edemas, sensação de peso nas pernas e maior predisposição a infecções.
O uso tradicional do dente-de-leão combina dois pontos importantes: o estímulo à produção de urina e o apoio indireto ao fígado, órgão que participa da filtração e processamento de toxinas. Ao favorecer a eliminação de água e sais minerais em excesso, a planta contribui para reduzir o volume de líquido presente nos tecidos e, paralelamente, auxilia a circulação de substâncias que passam pelo sangue e pelo sistema linfático.
- Auxílio na remoção de líquidos acumulados, graças à ação diurética;
- Apoio à função hepática, favorecendo a depuração de metabólitos;
- Contribuição para o equilíbrio geral do sistema linfático, ao associar esses dois mecanismos.

Como o dente-de-leão atua na desintoxicação do organismo
O conceito de desintoxicação com dente-de-leão envolve principalmente o fígado, os rins e a circulação linfática, com ênfase em processos de depuração de resíduos metabólicos. Os compostos amargos presentes na raiz e nas folhas são reconhecidos por estimular a produção e a liberação de bile, secreção produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, essencial para a digestão de gorduras e excreção de substâncias.
Quando há maior produção de bile e fluxo adequado desse líquido, o fígado tende a trabalhar de forma mais eficiente no processamento de toxinas e metabólitos. Em paralelo, a ação diurética do dente-de-leão aumenta a quantidade de urina e favorece a remoção de substâncias hidrossolúveis pelos rins, o que explica sua inclusão em programas de “detox” e manejo de retenção de líquidos.
- Estimulação da bile, o que auxilia o fígado a metabolizar gorduras e compostos indesejados;
- Proteção das células hepáticas, atribuída a flavonoides e outros antioxidantes presentes na planta;
- Aumento da diurese, com maior volume urinário em curto período de tempo;
- Redução de edemas leves, relacionada à eliminação de água e sódio;
- Suporte indireto ao sistema linfático, por meio da melhora global da circulação de líquidos.
Para aprofundarmos no assunto, o Dr. Julio Luchmann abordou o tema trazendo os benefícios do chá para a saúde e para a regulação intestinal:
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De que forma o dente-de-leão pode ser consumido com foco na drenagem linfática
O dente-de-leão pode ser encontrado em diferentes apresentações, como folhas secas para infusão, raízes desidratadas, cápsulas, extratos líquidos e misturas com outras ervas. Em muitos países, as folhas jovens também são usadas em saladas e preparações culinárias, embora com concentrações variáveis de compostos ativos, o que torna importante a orientação profissional na definição da forma de uso.
Quando o objetivo é apoiar a drenagem linfática e a eliminação de líquidos, o uso mais comum é em forma de chá ou extrato, com doses ajustadas por profissionais de saúde. Essa avaliação é essencial, sobretudo em indivíduos com doenças renais, cardíacas ou hepáticas, para reduzir riscos, avaliar interações medicamentosas e definir o tempo adequado de utilização da planta.
- Evitar o uso sem orientação em casos de doença renal ou hepática diagnosticada;
- Verificar possíveis interações com diuréticos, anti-hipertensivos e outros medicamentos;
- Observar sinais de sensibilidade, como desconforto gástrico ou reações alérgicas;
- Priorizar produtos de origem confiável, com identificação correta da espécie botânica;
- Respeitar limites de tempo no uso contínuo, quando indicado pelo profissional responsável.
Qual é o papel do dente-de-leão em rotinas de saúde e bem-estar
Em 2025, o interesse por estratégias naturais de cuidado com o corpo continua em crescimento, e o dente-de-leão permanece entre as plantas mais citadas quando o foco é drenagem linfática, desintoxicação hepática e redução de inchaço leve. A planta é tratada como um recurso complementar, que pode integrar hábitos mais amplos de cuidado, como alimentação equilibrada, hidratação adequada, prática regular de atividade física e técnicas de drenagem manual.
“As propriedades diuréticas e de suporte hepático do Taraxacum officinale contribuem para a eficácia do tratamento de edemas e de outras condições relacionadas à má circulação linfática” (MATOS et al., 2015).
Para quem recorre à fitoterapia, o dente-de-leão representa um exemplo de espécie comum que reúne propriedades relevantes para a saúde, com presença em estudos clínicos e revisões científicas sobre Taraxacum officinale. Seu uso deve ser inserido em um contexto de acompanhamento profissional e avaliação individualizada, mantendo o foco no equilíbrio geral do organismo, na drenagem de líquidos e no suporte hepático.
Referências bibliográficas
- MATOS, L. P. M. F. A. G. O. M. A. T. O. S. S. A. G. O. M. A. T. O. S. et al. Propriedades farmacológicas e uso terapêutico de Taraxacum officinale Weber. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 17, n. 4, p. 741-750, 2015.








