O coentro é um dos temperos mais amados e odiados do mundo. Enquanto muitas pessoas consideram o sabor fresco e cítrico, outras afirmam que a erva tem gosto de sabão. Em 2025, essa diferença continua sendo explicada principalmente pela genética, e não pelo preparo ou pela qualidade do alimento.
Qual a explicação genética por trás do gosto de sabão?
Estudos mostram que parte da população possui variações em um gene chamado OR6A2, responsável por detectar aldeídos, compostos aromáticos presentes tanto no coentro quanto em alguns detergentes e perfumes. Para quem tem essa variação genética, o cérebro interpreta o aroma desses compostos de maneira mais intensa e desagradável.
Ou seja, não é que o coentro tenha gosto de sabão: é o cérebro dessas pessoas que associa o cheiro dos aldeídos ao de produtos de limpeza, criando essa experiência sensorial peculiar.

Por que o coentro divide tanto opiniões?
O sabor do coentro é marcado por compostos voláteis que se destacam mesmo em pequenas quantidades. Para quem não tem a sensibilidade genética, esses compostos trazem frescor e complexidade.
Já para quem tem o gene OR6A2 mais ativo, o sabor se torna invasivo, metálico ou ensaboado. É por isso que o coentro costuma provocar reações extremas: ou a pessoa ama, ou não suporta.
A discussão se extendeu pelas redes sociais, Érika Canton, professora e autora sobre plantas, falou sobre o assunto em um vídeo no TikTok:
É possível mudar a percepção do sabor?
Em alguns casos, sim. Aquecer o coentro, refogando, cozinhando ou assando, pode reduzir a intensidade dos aldeídos responsáveis pelo gosto de sabão. Nessas situações, algumas pessoas que não toleram o coentro cru conseguem consumi-lo cozido.
Também há quem se acostume ao sabor ao longo do tempo, mas isso varia muito de pessoa para pessoa e depende da sensibilidade genética individual.

O que a ciência revela sobre essa diferença sensorial?
Pesquisadores destacam que o coentro é um dos melhores exemplos de como a genética influencia a percepção de sabor. Ele mostra que preferências alimentares não são apenas culturais, mas também biológicas.
Em 2025, esse tema continua popular porque reforça uma ideia simples: sentir gosto de sabão no coentro não é frescura, é ciência. E explica por que o mesmo tempero que dá vida à comida de uns pode arruinar o prato de outros.
Assim, a diferença no sabor do coentro é uma combinação de genética, química e percepção, e não uma característica do alimento em si.








