A crista da galinha chama atenção em qualquer galinheiro, mas, além do aspecto visual, ela carrega funções importantes para o bem-estar e a saúde da ave. Esse tecido carnoso, geralmente avermelhado e localizado na parte superior da cabeça, é formado por pele altamente vascularizada, diretamente ligada à circulação sanguínea, à regulação de temperatura e até à identificação de machos e fêmeas em algumas raças, sendo também um indicativo rápido de vitalidade, estresse e produtividade no plantel.
O que é a crista da galinha e para que ela serve
A crista da galinha é uma estrutura cutânea que cumpre principalmente três papéis: regulação térmica, sinalização reprodutiva e indicador de saúde. Por ser muito irrigada por vasos sanguíneos, ela contribui para dissipar o calor do corpo, ajudando a manter a temperatura corporal em níveis adequados, especialmente em dias mais quentes ou em galpões mais cheios.
Em galinhas de raças selecionadas para alta produção de ovos, a crista bem desenvolvida costuma acompanhar um metabolismo mais ativo. Do ponto de vista comportamental, a crista também tem papel importante na comunicação, facilitando o reconhecimento entre indivíduos, a hierarquia social e a identificação de aves sexualmente maduras.

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Como a crista da galinha indica saúde e bem-estar
Em ambientes rurais e até em criações urbanas, muitos criadores utilizam a aparência da crista para avaliar rapidamente a condição geral das aves. Uma crista vermelha, firme e hidratada costuma estar associada a boa circulação, nutrição adequada e equilíbrio hormonal, enquanto alterações bruscas podem ser o primeiro alerta de que algo não vai bem no lote.
Uma crista pálida, arroxeada, murcha ou com feridas pode indicar desde anemia até problemas cardíacos, respiratórios ou infecciosos. Por isso, observar a crista diariamente é uma prática comum em granjas e criações familiares, pois permite identificar precocemente doenças, queda de desempenho e até condições de estresse ambiental.
- Crista pálida: pode estar ligada a anemia, parasitas internos ou carência nutricional.
- Crista roxa ou escurecida: pode sinalizar dificuldades respiratórias ou de circulação.
- Crista seca, encolhida ou enrugada: pode sugerir desidratação, estresse térmico ou idade avançada.
- Feridas, crostas ou manchas: podem indicar agressões entre aves, infecções, fungos ou ataques de parasitas externos.
Além da coloração, o tamanho da crista também tem significado e varia ao longo da vida da ave. Em galinhas poedeiras, a crista tende a crescer e ficar mais destacada quando entram em fase produtiva, mas em períodos de muda de penas ou queda de postura ela costuma diminuir e perder um pouco de brilho, o que é esperado em determinadas épocas do ano.
Se você gosta de curiosidades, separamos esse vídeo do canal Cida Zootecnista mostrando mais sobre as cristas das galinhas:
Quais são os principais tipos de crista em galinhas
A palavra-chave “crista da galinha” também se relaciona com a grande variedade de formatos encontrados entre raças. A seleção genética ao longo de décadas criou padrões bem distintos, que ajudam a identificar linhagens, favorecem a adaptação a diferentes climas e são muito valorizados em exposições e programas de melhoramento.
Alguns tipos de crista mais conhecidos incluem variações simples e ornamentais, cada uma com características próprias de tamanho, textura e função. Além da estética, esses formatos podem influenciar a troca de calor com o ambiente e até a sensibilidade a lesões e queimaduras de frio ou de sol em determinadas regiões, algo muito considerado em programas de melhoramento genético voltados a galinhas de raças como Rhode Island e Leghorn.
- Crista simples: é a mais comum, longa e com “serrilhas”, vista em muitas raças comerciais.
- Crista rosa: mais achatada e larga, com superfície granulosa.
- Crista ervilha: formada por três fileiras pequenas e juntas, frequentemente vista em raças rústicas.
- Crista noz: arredondada e compacta, lembrando uma pequena massa irregular.
- Crista em forma de coroa ou crista dupla: mais rara, presente em raças ornamentais.
Essas variações não são apenas estéticas no manejo prático. Em regiões quentes, cristas maiores podem favorecer a perda de calor, enquanto em locais muito frios algumas linhagens foram selecionadas com cristas menores ou mais compactas para reduzir o risco de congelamento de extremidades e garantir maior conforto térmico às aves, algo que criadores de raças como Orpington e Brahma costumam observar com atenção.










