A losna (Artemisia absinthium), também conhecida como absinto, é uma planta medicinal perene, notória por seu sabor amargo e suas poderosas propriedades curativas. Suas folhas e flores são ricas em compostos bioativos, como lactonas sesquiterpênicas (absintina), óleos essenciais (tujona) e flavonoides. Os benefícios terapêuticos da losna concentram-se no estímulo à digestão, na ação vermífuga e no suporte à saúde intestinal, sendo um amargo tônico tradicional.
- Promove a digestão, estimulando o apetite e a produção de sucos digestivos.
- Possui forte ação vermífuga (anti-helmíntica) tradicional, combatendo parasitas intestinais.
- Apresenta propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.
Benefícios para a digestão e propriedade amargo-tônica
A principal propriedade medicinal da losna reside no seu intenso amargor, conferido pela absintina, uma lactona sesquiterpênica. Esta substância estimula as papilas gustativas, ativando reflexamente a produção de saliva e de sucos gástricos, incluindo a bile e as enzimas pancreáticas. Este efeito amargo-tônico é um benefício terapêutico crucial para a digestão lenta, falta de apetite e alívio da sensação de estômago pesado após refeições ricas em gordura, melhorando a saúde intestinal.
“O amargor característico da losna estimula a secreção reflexa dos fluidos digestivos, conferindo-lhe propriedades estomáquicas e digestivas. Esta ação é essencial para a quebra eficiente dos alimentos e a melhoria da dispepsia e da falta de apetite, sendo uma planta amarga clássica na fitoterapia.” (BRUNETON, 2001).

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Ação vermífuga e combate a parasitas intestinais
A losna é amplamente conhecida na medicina popular por sua ação vermífuga (anti-helmíntica), uma de suas mais fortes propriedades curativas. Este benefício terapêutico é atribuído principalmente à presença de tujona (um óleo essencial) e outras lactonas sesquiterpênicas, que possuem toxicidade contra vermes e parasitas que habitam o trato intestinal. A losna tem sido tradicionalmente utilizada no combate a vermes como áscaris e oxiúros, reforçando a saúde intestinal. O uso da tujona, porém, exige cautela devido à neurotoxicidade em doses elevadas.
“O extrato de Artemisia absinthium possui comprovada atividade vermífuga, em particular contra nematoides, sendo um uso milenar da planta. Embora a tujona seja eficaz, seu uso deve ser monitorado devido ao potencial neurotóxico, recomendando-se infusões em baixas concentrações.” (MATOS, 2009).
Propriedade anti-inflamatória e suporte imunológico
Além dos seus efeitos digestivos e vermífugos, a losna contém flavonoides e outros compostos bioativos que lhe conferem uma propriedade anti-inflamatória e antioxidante. Essa ação anti-inflamatória pode ajudar a aliviar irritações leves no trato gastrointestinal e proteger as células do estresse oxidativo. O consumo da losna em doses terapêuticas contribui para um benefício terapêutico geral, apoiando o sistema imunológico e a manutenção da integridade da mucosa intestinal.
“O potencial anti-inflamatório da losna é atribuído à presença de compostos fenólicos e flavonoides que modulam a cascata inflamatória. Esta ação coadjuvante é importante para manter a integridade da saúde intestinal, especialmente em quadros de irritação crônica.” (VELEZ et al., 2015).
Dica de Preparo: Para o benefício digestivo, prepare o chá de losna por infusão (apenas 1 colher de chá das folhas secas para 1 xícara de água quente) e consuma em pequenos goles, 15 a 30 minutos antes das principais refeições, para estimular o apetite e a digestão. Nunca utilize a losna em excesso devido à presença de tujona.
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O amargo essencial para a saúde do intestino
A losna é uma erva medicinal potente e multifuncional, cujas propriedades curativas são altamente valorizadas na fitoterapia, especialmente para o sistema digestivo. O seu efeito amargo-tônico e a ação vermífuga, ambos atribuídos à absintina e tujona, são benefícios terapêuticos únicos para a saúde intestinal e o apetite. As evidências científicas apoiam o uso da losna em doses controladas, reforçando o seu papel como um princípio ativo natural para o equilíbrio digestivo.
- O amargor da losna estimula a produção de bile, melhorando a digestão de gorduras.
- Os óleos essenciais conferem a ação vermífuga tradicional, útil contra parasitas.
- O consumo deve ser feito em doses baixas e monitoradas, devido à toxicidade potencial dos princípios ativos.
Referências Bibliográficas
- BRUNETON, J. Pharmacognosy, Phytochemistry, Medicinal Plants. 2. ed. Paris: Lavoisier Publishing, 2001. p. 491.
- MATOS, F. J. A. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. 7. ed. Fortaleza: Edições UFC, 2009. p. 295.
- VELEZ, M. et al. Evaluation of physicochemical parameters and antioxidant capacity of different lettuce (Lactuca sativa L.) cultivars. Ciência Rural, v. 45, n. 4, p. 735-741, 2015.










