A romã vem ganhando destaque em hortas caseiras e na alimentação diária por reunir, em um único fruto, sabor marcante e potencial nutricional relevante. Em diferentes regiões do Brasil, o interesse por plantar romã em casa aumentou, seja em quintais amplos ou em vasos em varandas e sacadas. Além do cultivo relativamente simples, o romãzeiro é associado a compostos com ação antioxidante e possível efeito anti-inflamatório, o que atrai quem busca alternativas naturais para complementar a rotina de cuidados com a saúde.
Como plantar romã e quais são os primeiros cuidados com o romãzeiro
O cultivo da romã pode ser feito a partir de sementes ou de mudas já formadas, sendo esta última opção a mais prática para quem está iniciando. A planta se adapta bem a regiões de clima tropical e subtropical, com boa incidência de sol ao longo do dia, e responde melhor quando protegida de geadas intensas e ventos muito fortes.
O solo ideal para plantar romã é levemente argiloso ou arenoso, com boa drenagem, para evitar encharcamento das raízes. Uma preparação básica inclui revolver a terra, retirar pedras e restos de raízes e misturar matéria orgânica bem curtida, como composto ou esterco seco, o que melhora a estrutura, aeração e fertilidade do solo.

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Como plantar romã em vaso ou no quintal de forma prática
Quem não dispõe de um grande terreno pode cultivar romã em vasos profundos, desde que sigam alguns critérios simples. O recipiente precisa ter furos de drenagem e, preferencialmente, entre 40 e 60 litros de capacidade, com camada de brita, cacos de telha ou argila expandida no fundo e substrato rico em matéria orgânica.
Em quintais, recomenda-se abrir uma cova de aproximadamente 40 cm de largura por 40 cm de profundidade, preenchendo com a mistura de terra e adubo orgânico. Após o plantio da muda, o solo ao redor deve ser levemente pressionado, e a rega nas primeiras semanas deve manter a terra úmida, porém sem encharcar, evitando fungos e apodrecimento de raízes.
Quais são os cuidados de manejo e o tempo até a colheita da romã
O romãzeiro costuma iniciar a produção de frutos entre dois e três anos após o plantio, variando conforme a variedade, o clima e a qualidade dos tratos culturais. A poda de formação, realizada nos primeiros anos, contribui para uma copa equilibrada, com boa ventilação, o que reduz doenças e facilita a colheita.
Em relação a pragas e doenças, podem ocorrer ataques de pulgões, cochonilhas e fungos em condições de alta umidade. Quando necessário, produtores recorrem a manejo integrado e, em cultivos domésticos, priorizam soluções menos agressivas, como produtos biológicos e receitas caseiras testadas, sempre com orientação técnica.
- Exposição ao sol: de 4 a 6 horas diárias.
- Solo: bem drenado, rico em matéria orgânica.
- Rega: frequente no início, depois ajustada ao clima.
- Poda: formação nos primeiros anos e limpeza anual.
- Colheita: geralmente a partir do 2º ou 3º ano.
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Quais são as propriedades anti-inflamatórias da romã
A romã é estudada há décadas por seu teor de compostos bioativos, principalmente polifenóis, taninos e flavonoides, que apresentam forte ação antioxidante. Esses componentes podem contribuir para reduzir o dano causado por radicais livres nas células e modular rotas envolvidas em processos inflamatórios.
Entre as substâncias mais investigadas estão a punicalagina e o ácido elágico, encontrados em maior quantidade na casca e na polpa. Estudos laboratoriais e em modelos animais mostram potencial efeito modulador da resposta inflamatória, mas os resultados ainda não podem ser totalmente extrapolados para o consumo diário do fruto in natura em humanos.
Como incluir a romã na alimentação do dia a dia de forma equilibrada
O consumo de romã pode acontecer de diferentes maneiras, o que facilita a inclusão na rotina alimentar de adultos e crianças. As sementes frescas entram em saladas, preparações com iogurte, sobremesas simples e acompanhamentos de pratos salgados, além de marinadas para carnes e molhos agridoces.

O suco de romã, obtido por prensagem suave dos grãos, também é amplamente utilizado, sozinho ou misturado a outras frutas. Além do fruto fresco, existem chás da casca, extratos padronizados e suplementos, que devem ser usados com cautela e acompanhamento profissional, sobretudo em uso prolongado ou em pessoas com doenças crônicas.
- Priorizar o fruto in natura sempre que possível.
- Variar o consumo entre sementes, suco e preparações culinárias.
- Observar reações individuais, principalmente em pessoas sensíveis.
- Consultar profissional de saúde antes de uso concentrado de extratos.
Qual é a relação entre romã, inflamação e hábitos de vida saudáveis
A relação entre a romã e a inflamação costuma ser abordada dentro de um contexto mais amplo de alimentação e estilo de vida. Padrões alimentares ricos em frutas, legumes, grãos integrais e outras fontes vegetais tendem a se associar a melhor controle de marcadores inflamatórios em diferentes populações.
Manter uma dieta variada, praticar atividade física, cuidar do sono e evitar o tabagismo são pilares importantes no controle da inflamação crônica. A romã, com seu potencial antioxidante e efeitos anti-inflamatórios estudados, entra como parte desse conjunto de escolhas, e plantar a fruta em casa pode incentivar o contato com o cultivo e ampliar a diversidade no prato.










