A expressão latina “Vita brevis, ars longa” atravessou séculos e ainda aparece em livros, discursos e até em redes sociais, chamando atenção pela forma direta com que contrapõe a vida humana, limitada no tempo, e a arte, entendida como algo que continua mesmo depois da morte de quem a criou, o que ajuda a entender por que tantas pessoas recorrem à criação artística, à ciência e a outros saberes para registrar ideias, histórias e experiências.
Qual é o significado de “Vita brevis, ars longa” em sua origem
Em tradução livre, “Vita brevis, ars longa” significa “a vida é breve, a arte é longa”. No sentido mais amplo, a frase sugere que o tempo disponível para agir, aprender e produzir é curto, enquanto o legado deixado por obras e conhecimentos pode durar muito mais, associando-se ao poder duradouro da arte e à responsabilidade de usar bem o tempo de vida.
A frase é atribuída a Hipócrates, médico grego do século V a.C., em um contexto ligado à prática da medicina. No texto hipocrático, “ars” referia-se à técnica ou ofício, ou seja, ao conjunto de conhecimentos necessários para exercer bem uma atividade, indicando que a vida do profissional é curta, mas o saber exigido é extenso e demanda estudo contínuo.
Para aprofundarmos o tema, trouxemos o vídeo do perfil @minutosfilosoficoscortes:
@minutosfilosoficoscortes Você já aceitou que vai morrer? 📿 Os estoicos chamavam de ataraxia a tranquilidade de espírito. Ela não vem da fuga do mundo, mas da aceitação consciente do que não controlamos. Karnal nos lembra: a vida é breve, e quanto antes soltarmos o que não depende de nós, mais leve será a jornada. 🌱 Assista, reflita e compartilhe. #ataraxia #estoicismo #leandrokarnal #vidaconsciente #reflexaododia #filosofiaestoica #minutosfilosoficos ♬ som original – Minutos Filosóficos Cortes
Como o conceito de “ars” se expandiu ao longo da história
Com o tempo, o entendimento de “ars” se ampliou e passou a incluir não só a medicina e outros ofícios, mas também a literatura, a pintura, a música e a arquitetura. Assim, “Vita brevis, ars longa” ganhou um sentido mais cultural, em que a vida humana é passageira, porém as criações podem atravessar gerações e preservar estilos e relatos de épocas passadas.
Além das artes clássicas, o termo hoje pode abranger projetos científicos, inovações tecnológicas e produções digitais, como filmes, podcasts e jogos eletrônicos. Esses materiais registram visões de mundo e experiências coletivas, tornando-se parte de uma memória compartilhada que ajuda a compreender diferentes contextos sociais.
Por que a arte parece eterna na expressão “Vita brevis, ars longa”
A associação entre “Vita brevis, ars longa” e o poder duradouro da arte está ligada à capacidade das obras de sobreviverem aos seus criadores. Um romance escrito no século XIX ainda é lido em 2025; pinturas renascentistas continuam em museus; composições clássicas seguem em apresentações, permitindo que novas gerações entrem em contato com sensibilidades de outras épocas.
Essa permanência pode ser percebida em diferentes níveis, que ajudam a explicar como as criações humanas prolongam sua influência e mantêm viva a presença simbólica de artistas, pensadores e comunidades.
- Memória histórica: pinturas, monumentos e textos literários registram costumes, conflitos e crenças de uma época.
- Influência cultural: uma obra inspira outras criações, gera adaptações, releituras e debates ao longo do tempo.
- Transmissão de conhecimento: tratados científicos, filosóficos e técnicos mantêm ativa a “arte” de um ofício.

Como a brevidade da vida se relaciona com a arte no dia a dia
No cotidiano, “Vita brevis, ars longa” funciona como um lembrete sobre prioridades. Ao destacar a brevidade da vida, a expressão reforça que o tempo para transformar ideias em ações é reduzido, enquanto o esforço em estudos, projetos artísticos ou científicos tende a gerar efeitos que ultrapassam a experiência individual e podem inspirar outras pessoas.
Essa dinâmica aparece em gestos simples e em iniciativas mais estruturadas, mostrando que não são apenas grandes nomes da história que deixam marcas duradouras, mas também produções locais, comunitárias e pessoais que documentam memórias e trajetórias.
- Criação artística: quem escreve, pinta, compõe ou produz conteúdo audiovisual contribui para um acervo consultável no futuro.
- Compartilhamento de conhecimento: profissionais registram métodos, pesquisas e descobertas em artigos, livros e cursos.
- Preservação de obras: instituições culturais e educacionais conservam e difundem acervos, mantendo a arte acessível.
Por que a expressão continua atual na era digital
Em 2025, o sentido de “Vita brevis, ars longa” ganha novas camadas com o ambiente digital. Registros em áudio, vídeo, textos e imagens circulam em grande escala e podem ser arquivados em plataformas virtuais, ampliando a duração das criações humanas e incluindo produções independentes, conteúdos colaborativos e obras que combinam tecnologia e criatividade.
Ao mesmo tempo, a facilidade de produzir gera o desafio de escolher o que merece dedicação mais profunda, já que o tempo continua sendo um recurso finito. Assim, a expressão é retomada em debates sobre educação, cultura e trabalho, convidando cada pessoa a refletir sobre como utiliza seu tempo e que tipo de marca, digital ou física, pretende deixar no mundo.







