O caqui (Diospyros kaki) é uma fruta de origem asiática amplamente aclimatada no Brasil, reconhecida na botânica medicinal por sua alta densidade nutricional. Com um sabor adocicado e textura que varia conforme a cultivar, este fruto oferece compostos bioativos essenciais para a manutenção da homeostase orgânica e proteção celular.
- Alta concentração de fibras solúveis que regulam o trânsito intestinal e combatem a constipação.
- Riqueza em vitamina C e carotenoides que potencializam a resposta do sistema imunológico.
- Presença de polifenóis com potente ação antioxidante para a proteção celular sistêmica.
Benefícios para o intestino e regulação do trânsito
O caqui atua como um excelente regulador das funções digestivas devido à presença de pectinas e mucilagens, fitoquímicos que aumentam o volume do bolo fecal e hidratam as paredes intestinais. Estas fibras solúveis facilitam o peristaltismo e servem como substrato para a microbiota benéfica, promovendo uma desintoxicação natural do trato gastrointestinal. De acordo com o pesquisador Francisco José de Abreu Matos, em sua obra Farmacognosia: do produto natural ao medicamento,
“As fibras solúveis presentes em frutos como o caqui são fundamentais para a regulação do trânsito intestinal, auxiliando na redução do tempo de contato de substâncias tóxicas com a mucosa do cólon” (MATOS, 2009).

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Ação imunomoduladora e fortalecimento das defesas
A elevada carga de vitamina C encontrada no caqui desempenha um papel crucial na produção de glóbulos brancos, as células de defesa primárias do organismo humano. Ao otimizar a barreira imunológica, o consumo da fruta ajuda o corpo a reagir com maior eficiência contra patógenos sazonais, como vírus e bactérias comuns. Segundo estudos detalhados por Franco em sua obra sobre a composição química dos alimentos,
“O caqui é uma fonte relevante de ácido ascórbico, nutriente essencial que atua na modulação do sistema imunitário e na integridade dos tecidos epiteliais contra infecções” (FRANCO, 2008).
Ação antioxidante e proteção contra o estresse oxidativo
Os carotenoides e compostos fenólicos abundantes no caqui conferem à fruta uma poderosa ação antioxidante, capaz de neutralizar radicais livres em circulação. Esses princípios ativos protegem as estruturas celulares do dano oxidativo crônico, o que é fundamental para prevenir o envelhecimento precoce e o enfraquecimento dos tecidos. Conforme apontado em pesquisas publicadas no periódico Food Chemistry,
“A presença de taninos e flavonoides no caqui confere ao fruto uma capacidade antioxidante robusta, auxiliando na redução de marcadores inflamatórios e na proteção do DNA celular” (BUTT et al., 2015).
Dica de preparo: Para aproveitar ao máximo os benefícios terapêuticos, consuma o caqui preferencialmente in natura e com a casca, onde se concentra a maior parte das fibras. O modo de uso ideal consiste na ingestão de uma unidade ao dia, preferencialmente nos intervalos das refeições principais para otimizar a absorção dos nutrientes sem interferir na digestão de proteínas.
Se você gosta de ouvir opinião de especialistas, separamos esse vídeo do Nutricionista Patricia Leite mostrando os benefícios do caqui:
Como estratégia nutricional de saúde
A inclusão do caqui na dieta regular representa uma estratégia eficiente para quem busca equilíbrio digestivo e uma imunidade resiliente. Suas propriedades medicinais garantem que o corpo receba o suporte necessário para enfrentar os desafios oxidativos diários com segurança.
- O consumo regular auxilia na manutenção da saúde intestinal devido ao equilíbrio entre fibras e alto teor de água.
- Os princípios ativos do fruto, como o betacaroteno, são fundamentais para a proteção da visão e da integridade da pele.
- Referências científicas confirmam que as propriedades medicinais do caqui auxiliam na redução da absorção do colesterol LDL.
Referências bibliográficas
- BUTT, M. S. et al. Persimmon (Diospyros kaki) fruit: hidden phytochemicals and health claims. Food Chemistry, v. 103, n. 1, p. 1-12, 2015.
- FRANCO, Guilherme. Tabela de Composição Química dos Alimentos. 9. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2008.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. Fortaleza: Edições UFC, 2009.










