A expressão ad infinitum costuma aparecer em livros, artigos acadêmicos e até em debates do dia a dia, quase sempre associada à ideia de algo que não termina. Vinda do latim, ela é usada para indicar uma ação, um processo ou uma sequência que poderia se estender indefinidamente, sem um ponto final previsível. Em outras palavras, trata-se de algo que continua “para sempre”, pelo menos em teoria.
O que significa ad infinitum na prática
Em tradução livre, ad infinitum significa “até o infinito” ou “para o infinito”, indicando repetição contínua ou prolongamento sem limite definido. Quando alguém afirma que uma tarefa poderia ser repetida ad infinitum, sugere que, em teoria, ela poderia continuar sem interrupção, mesmo que na prática exista um momento em que pare.
Essa locução latina é frequente em áreas como matemática, filosofia, linguística e direito, mas também aparece em textos jornalísticos e de divulgação científica. Em matemática, fala-se de uma sequência que se estende ad infinitum quando seus termos prosseguem sem último elemento; em filosofia, descreve o regresso infinito, quando uma explicação exige outra, que exige outra, e assim sucessivamente.
O livro do portal BBC, no perfil @bbcnewsbrasil, explica o tema:
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Como ad infinitum se conecta ao infinito do universo
Ao falar do universo, ad infinitum surge em textos que discutem sua extensão espacial e temporal, especialmente em cosmologia. Ainda não há consenso se o cosmos é realmente infinito em tamanho, mas muitos modelos utilizam a noção de expansão contínua, em que o espaço se expande ad infinitum, sem uma barreira espacial clara.
Algumas teorias propõem um universo que continuará se expandindo indefinidamente, afastando galáxias ao longo de bilhões de anos. Em cenários desse tipo, fala-se de uma evolução cósmica que se estende ad infinitum, sem retorno a um estado inicial único, e de uma diversidade potencial quase ilimitada de configurações e possibilidades físicas.
Ad infinitum também descreve o ciclo de ideias humanas
A expressão ad infinitum também descreve o fluxo de pensamentos, teorias e narrativas criadas pela humanidade. Ideias circulam, são reavaliadas, criticadas, abandonadas e retomadas, e muitos debates retornam em novas roupagens, produzindo um ciclo aparentemente interminável ao longo da história.
No campo da filosofia, discussões sobre liberdade, justiça ou sentido da vida reaparecem em diferentes épocas, formando uma cadeia de reflexões que poderia se estender ad infinitum. Na ciência, hipóteses são testadas e ajustadas, e a investigação se apoia em revisão constante, com explicações que se refinam ad infinitum à medida que surgem novas observações e tecnologias.

Onde ad infinitum aparece no cotidiano
Embora tenha origem erudita, ad infinitum também é empregado em contextos informais, sempre com o sentido de algo sem fim. Em ambientes de trabalho, alguém pode mencionar uma reunião que se estende ad infinitum para indicar que ela dura mais do que o necessário, ou um debate público que retorna continuamente à mesma pauta.
Em diferentes situações do dia a dia, a expressão e seus sinônimos — como “sem fim”, “indefinidamente” ou “para sempre” — ajudam a resumir a ausência de um limite claro, como nos exemplos abaixo.
- Na comunicação digital: rolagens de feeds em redes sociais são descritas como fluxos ad infinitum de conteúdos, com novas postagens surgindo o tempo todo.
- No entretenimento: franquias de filmes, séries ou jogos podem ser caracterizadas como expansões ad infinitum de um mesmo universo narrativo.
- Na linguagem jurídica: contratos ou obrigações podem prever renovações sucessivas, gerando a impressão de compromissos que se prolongam ad infinitum.









