A escarola é uma hortaliça de sabor amargo que costuma aparecer em saladas, refogados e recheios. Além da presença constante na mesa, esse tipo de folha chama a atenção pelo papel que pode desempenhar em casos de digestão pesada, principalmente após refeições ricas em gordura ou muito volumosas, sendo cada vez mais estudada em dietas equilibradas e em orientações de profissionais de saúde.
O que torna a escarola boa para digestão pesada
O sabor amargo da folha está relacionado à presença de substâncias que estimulam a produção de saliva, ácido clorídrico e enzimas digestivas no estômago e no intestino delgado, o que pode contribuir para uma digestão mais eficiente.
Além disso, a escarola contém fibras insolúveis e solúveis. As insolúveis ajudam a dar volume ao bolo fecal, enquanto as solúveis formam um gel que auxilia no esvaziamento gástrico mais ordenado. Em conjunto, esses efeitos podem reduzir a sensação de peso no estômago e de gases excessivos, sobretudo quando o consumo é moderado e inserido em um padrão alimentar equilibrado.

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Como a escarola atua no sistema digestivo
Quando consumida crua, em saladas ou entradas, a escarola exige mastigação mais prolongada, aumentando a produção de saliva. A saliva contém enzimas que iniciam a digestão de carboidratos e sinalizam ao estômago que o alimento está chegando, organizando melhor o processo digestivo desde o início.
No estômago, os compostos amargos tendem a estimular a liberação de sucos gástricos, o que pode ser relevante em refeições com carnes gordas, molhos pesados ou frituras. Já no intestino, a combinação de fibras e água ajuda na formação de fezes mais macias, reduzindo a sensação de “barriga pesada” associada à constipação e ao trânsito intestinal lento.
- Fibras: contribuem para o trânsito intestinal e para o volume fecal.
- Compostos amargos: estimulam saliva, ácido gástrico e enzimas digestivas.
- Baixo teor de gordura: não sobrecarrega o estômago em refeições já pesadas.
- Água: auxilia na hidratação do bolo fecal e no funcionamento intestinal.
Como incluir escarola para digestão pesada no dia a dia
O uso da escarola para digestão pesada costuma ser mais efetivo quando o alimento é incluído de forma regular e em porções adequadas. Uma estratégia comum é consumir pequenas porções de escarola crua como entrada, antes do prato principal, favorecendo a produção antecipada de enzimas digestivas.
Outra possibilidade é utilizar a escarola refogada com alho e azeite em quantidades moderadas, como acompanhamento de carnes, massas ou leguminosas. Em pizzas, tortas salgadas, caldos e recheios, a folha também adiciona fibras e ajuda a equilibrar pratos ricos em carboidratos e gorduras, sem elevar de forma significativa o valor calórico total.
Se você gosta de ouvir opinião de especialistas, separamos esse vídeo do Nutricionista Rodrigo Zanetti mostrando os benefícios da escarola:
- Incluir a escarola crua em saladas, combinada com folhas mais suaves.
- Consumir pequenas porções antes de refeições maiores.
- Usar a escarola refogada como guarnição em almoços e jantares.
- Adicionar a folha em caldos, sopas ou recheios de tortas.
- Alternar escarola com outras verduras amargas, como rúcula e chicória.
Quais cuidados devem ser observados no consumo de escarola
Apesar dos possíveis benefícios da escarola para a digestão, alguns cuidados são recomendados. Pessoas com sensibilidade gástrica, como portadores de gastrite ativa ou refluxo acentuado, podem sentir desconforto com o aumento de sucos gástricos, sendo importante ajustar quantidade, horário e forma de preparo com orientação profissional.
Outro ponto relevante é a higienização adequada da hortaliça antes do consumo, sobretudo quando crua, para evitar contaminações que possam agravar problemas digestivos. O exagero no consumo de fibras, sem hidratação suficiente, também pode causar gases e distensão abdominal, por isso a escarola funciona melhor integrada a uma rotina com alimentação variada, boa mastigação, intervalos regulares entre refeições e ingestão adequada de água.










