Durante uma onda de calor, o local onde o cão dorme deixa de ser apenas uma questão de conforto e passa a ser um ponto importante de cuidado com a saúde. Temperaturas elevadas durante a noite podem dificultar o descanso, atrapalhar a regulação da temperatura corporal e até favorecer quadros de exaustão e golpe de calor, tornando a escolha do ambiente de sono uma medida preventiva essencial para qualquer tutor.
Onde os cães devem dormir durante uma onda de calor
A recomendação de especialistas é que o cão durma dentro de casa, em um ambiente fresco, arejado e protegido do sol. O uso da expressão onde os cães devem dormir na onda de calor ganhou destaque nos últimos verões porque o descanso em locais inadequados está associado a quadros de desidratação e superaquecimento.
O ideal é que o espaço seja silencioso, tenha circulação de ar e permita que o animal se afaste de fontes de calor quando sentir necessidade. Sempre que possível, o tutor deve observar o comportamento do cão à noite para ajustar o ambiente, garantindo um sono contínuo e seguro mesmo em períodos de temperaturas extremas.
Para aprofundarmos no tema, trouxemos o vídeo do veterinário Arthur:
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Quais locais são menos indicados para o sono em noites muito quentes
Entre as alternativas mais comuns, dois ambientes costumam ser pouco recomendados: a cama do tutor e áreas externas descobertas, como quintal, sacada ou terraço. Dormir na cama, apesar de reforçar o vínculo afetivo, aumenta o contato corpo a corpo e, com isso, a temperatura tanto do cão quanto da pessoa, dificultando o resfriamento natural do animal.
Já o sono em varandas, pátios ou lajes, especialmente quando há piso de cimento ou cerâmica exposto ao sol durante o dia, representa outro tipo de problema. Essas superfícies acumulam calor e liberam lentamente durante a noite, mantendo o ambiente mais quente por muitas horas e elevando o risco de mal-estar e estresse térmico.
Quais fatores aumentam o risco em áreas externas durante o calor
Além do calor acumulado nos pisos, há fatores adicionais que precisam ser considerados ao deixar o cão dormir em áreas externas. Esses elementos se somam e criam um cenário de maior risco durante uma onda de calor, principalmente em cidades onde as temperaturas noturnas permanecem elevadas por muitas horas.
Ao avaliar se o ambiente externo é seguro, o tutor deve observar atentamente as seguintes condições, que podem favorecer desidratação e superaquecimento:
- Ar mais parado e pesado em áreas muradas ou pouco ventiladas.
- Maior chance de desidratação, sobretudo se o pote de água ficar ao sol.
- Exposição a insetos, como mosquitos, que podem transmitir doenças.
- Contato com grades, correntes ou casinhas mal ventiladas, que retêm calor.

Como preparar um local seguro para o cão dormir no calor intenso
Para tornar o ambiente interno mais adequado, veterinários sugerem algumas medidas simples que podem ser adotadas na rotina. O objetivo é reduzir a temperatura do espaço, melhorar a circulação de ar e facilitar a perda de calor pelo corpo do animal, garantindo um descanso reparador mesmo em noites abafadas.
- Escolher um cômodo mais fresco
Priorizar áreas sem incidência direta de sol à noite, com janelas ou portas que possibilitem corrente de ar. - Aproveitar pisos frios
Superfícies como cerâmica, porcelanato ou cimento polido ajudam o cão a se refrescar; tapetes grossos podem ser retirados temporariamente. - Usar ventilador ou ar-condicionado com moderação
Equipamentos podem ser utilizados em temperatura amena, evitando correntes de ar diretamente sobre o animal. - Oferecer cama leve ou elevada
Colchonetes finos ou caminhas suspensas permitem a circulação de ar por baixo do corpo. - Garantir água fresca durante toda a noite
Repor o conteúdo dos potes, utilizar recipientes limpos e, se necessário, adicionar algumas pedras de gelo, sem exageros.
Em alguns casos, também são indicados tapetes refrescantes próprios para pets ou garrafas com água fria envoltas em tecido, colocadas próximas à área onde o animal costuma deitar. Essas estratégias devem sempre ser aplicadas com cuidado, observando se o cão se sente confortável com cada recurso e interrompendo o uso em caso de desconforto.
Quais cães sofrem mais com o calor intenso
Nem todos os cães lidam com o calor da mesma forma, e alguns grupos apresentam maior sensibilidade às altas temperaturas. Entre os mais citados por entidades especializadas estão os animais de raças braquicefálicas, que têm focinho curto e vias respiratórias mais estreitas, como buldogues, pugs e boxers.
Cães filhotes, idosos, animais com excesso de peso ou com doenças cardíacas e respiratórias também estão na lista dos mais vulneráveis. Sinais como respiração muito ofegante, salivação intensa, apatia, língua muito vermelha ou roxa e dificuldade para se levantar exigem atenção imediata e avaliação com um médico-veterinário para ajustar o local de sono e outros hábitos diários de forma segura.







