Na acolhedora e bem organizada Reykjavík, capital da Islândia, viver em comunidade é mais do que uma ideia bonita — é uma prática real. Em alguns bairros da cidade, cada morador conta com o apoio de um “guia de bairro” oficial, uma pessoa contratada pela prefeitura ou por associações locais para ajudar os residentes com informações, integração e apoio comunitário.
Esse papel mistura hospitalidade, cidadania ativa e acolhimento social, funcionando como um ponto de contato direto entre os moradores e os serviços da cidade.
Como funciona o papel do “guia de bairro” em Reykjavík?
- Cada bairro ou distrito possui um ou mais “hverfisstjóri” (líder/comunicador comunitário)
- Essas pessoas atuam como facilitadores de comunicação, ajudando moradores com dúvidas sobre transporte, escolas, eventos, serviços de saúde e cultura
- Também organizam encontros de vizinhança, oficinas, grupos de voluntariado e apoio a imigrantes
- Estão disponíveis online, por telefone ou presencialmente em centros comunitários locais
- Os guias ajudam na integração de novos moradores e servem como elo com a prefeitura para ouvir e repassar demandas da comunidade
Eles são verdadeiros embaixadores do bairro, conectando gente, serviços e ideias.

Por que Reykjavík criou essa função?
A cidade tem uma forte cultura de participação social e percebeu que, mesmo em países bem organizados:
- Muitas pessoas não sabem por onde começar para resolver questões do dia a dia
- Imigrantes, idosos e jovens muitas vezes precisam de um ponto de apoio humano e acessível
- Projetos e melhorias urbanas ganham mais força quando há engajamento local ativo e orientado
- O sentimento de pertencimento aumenta quando os moradores sentem que têm com quem contar no próprio bairro
Além disso, a função ajuda a fortalecer os laços comunitários em uma cidade com clima frio, onde o convívio social precisa de estímulo constante.
Curiosidades sobre os guias de bairro em Reykjavík
- Alguns guias são voluntários experientes que depois são contratados oficialmente
- A cidade oferece formações específicas sobre comunicação, diversidade e políticas públicas
- Os guias têm papel importante em ações de emergência climática, como suporte em nevascas ou tempestades
- Moradores podem avaliar e sugerir melhorias nos serviços dos guias por meio de plataformas digitais
- O projeto inspirou cidades como Tampere (Finlândia) e Bergen (Noruega) a testarem modelos semelhantes
Reykjavík mostra que grandes cidades podem continuar humanas — e que ter um “guia de bairro” é como ter um vizinho de confiança oficial, sempre pronto para ajudar.










