A produção comandada por Dallas Jenkins alcançou mais de 500 milhões de visualizações de episódios no mundo e também mais de 110 milhões de espectadores espalhados em 175 países. The Chosen apresenta uma abordagem diferenciada ao retratar a vida de Jesus Cristo, priorizando o desenvolvimento psicológico e emocional dos personagens que conviveram com ele. A série quebra paradigmas ao mostrar os apóstolos como pessoas comuns, com dúvidas, medos e personalidades distintas, tornando a narrativa mais próxima do espectador contemporâneo.
O Brasil, por exemplo, tem a maior base de fãs da série fora dos Estados Unidos, demonstrando como a produção transcendeu barreiras culturais e religiosas. A estratégia de Jenkins de focar nos relacionamentos humanos, em vez de apenas nos milagres, cria uma conexão emocional que vai além do público cristão tradicional. Essa universalidade temática explica por que a série conquistou audiências tão diversas globalmente.
Por que o modelo de distribuição de The Chosen desafia as grandes plataformas?
Diferentemente de outras produções televisivas, The Chosen mantém sua autonomia criativa através de um sistema híbrido de distribuição. A série disponibiliza todos os episódios gratuitamente em seu aplicativo oficial, enquanto estabelece parcerias estratégicas com streamings. A Amazon Prime Video tem uma janela de exclusividade de 90 dias para a transmissão da quinta temporada, marcando uma mudança significativa na estratégia de lançamento da produção.
Esta abordagem contrasta com o modelo tradicional de exclusividade permanente das plataformas de streaming. The Chosen provou que é possível manter a gratuidade do conteúdo enquanto gera receitas através de parcerias temporárias. O aplicativo próprio da série funciona como um centro de distribuição autônomo, oferecendo conteúdos exclusivos como mesas redondas bíblicas e programas pós episódios que enriquecem a experiência do espectador.
Como a quinta temporada marca uma nova fase narrativa da série?
A quinta temporada promete cobrir eventos cruciais, desde a chegada de Jesus em Jerusalém até a Última Ceia, culminando na crucificação e ressurreição. A narrativa se concentrará nos momentos mais tensos do ministério de Jesus, quando as autoridades religiosas e políticas intensificaram sua oposição. Jenkins revelou que a sexta temporada será ainda mais ambiciosa, passando-se inteiramente em um único dia da narrativa.
A inspiração para a gravação da crucificação veio de The Walking Dead, segundo o próprio criador, indicando uma abordagem cinematográfica mais intensa para os momentos climáticos da história. A série planeja abordar a crucificação de Jesus com uma profundidade emocional inédita, explorando o impacto psicológico desse evento nos discípulos e seguidores. Esta estratégia narrativa diferencia The Chosen de outras adaptações bíblicas que tratam esses momentos de forma mais superficial.

Qual o futuro do universo expandido de The Chosen?
The Chosen já tem planos para uma sexta e sétima temporadas, previstas para serem lançadas em 2026 e 2027, respectivamente. A expansão do universo vai além das temporadas principais, com Mark Sourian, ex-executivo da DreamWorks Pictures, liderando o desenvolvimento de filmes e programas derivados. Os criadores da série expressaram que desejam que The Chosen seja vista por mais de um bilhão de pessoas em todos os países do mundo.
O complexo de produção de 20 milhões de dólares construído em Midlothian, Texas, no local do acampamento Hoblitzelle do Exército de Salvação, representa um investimento significativo na continuidade da franquia. Quase 12 000 figurantes de 36 países vieram para filmar a cena alimentando os 5 000 no set, demonstrando o alcance internacional da produção. Esta infraestrutura permite que The Chosen mantenha consistência visual e orçamentária para as temporadas futuras, consolidando-se como uma franquia duradoura no entretenimento cristão.










