No coração do Caribe, a ilha de Dominica preserva uma das tradições culturais mais únicas da região: o chanté mas, uma forma de expressão que mistura fala e canto. Durante o carnaval e outras festividades, moradores transformam suas histórias, críticas sociais e até notícias do dia a dia em melodias improvisadas, criando uma atmosfera vibrante que atravessa gerações.
Essa prática, profundamente enraizada nas influências africanas e francesas, é uma demonstração viva da resistência cultural e do orgulho identitário dos habitantes da ilha.
A origem do ‘chanté mas’
O “chanté mas”, que significa “cantar mascarado”, surgiu no século XIX, quando os descendentes de africanos escravizados começaram a celebrar suas histórias através da música falada durante o carnaval. Sem acesso às tradições europeias formais, eles criaram sua própria maneira de se expressar, misturando ritmos tribais com melodias populares francesas.
O estilo evoluiu como uma forma de comunicação dentro das comunidades e, até hoje, mantém seu caráter de improvisação e crítica social.

Como funciona essa tradição
Durante as celebrações, grupos de mascarados percorrem as ruas enquanto uma líder, chamada de chantwèl, inicia versos improvisados que o coro responde com refrões repetitivos. Instrumentos tradicionais como tambores, chocalhos e conchas acompanham as performances, dando ainda mais vida ao espetáculo.
A interação direta entre o cantor e a comunidade cria um sentimento de pertencimento coletivo, em que todos participam ativamente, seja cantando, dançando ou apenas ouvindo.
Preservação cultural em tempos modernos
Apesar das transformações sociais e da influência da globalização, Dominica continua firme na preservação do “chanté mas”. A prática é ensinada em escolas, celebrada em festivais e incentivada como patrimônio cultural da ilha.
Com base em informações de instituições culturais caribenhas, iniciativas locais promovem o ensino do “chanté mas” para as novas gerações, garantindo que essa arte ancestral continue viva no futuro.
Quais são os principais pontos turísticos para visitar?
- Parque Nacional Morne Trois Pitons: reserva natural com florestas tropicais, lagos e fontes termais
- Lago Boiling: famoso lago de águas ferventes em meio a trilhas vulcânicas
- Cachoeiras Trafalgar: duas quedas d’água lado a lado, em meio à vegetação densa
- Capital Roseau: centro histórico com mercados, igrejas coloniais e festivais culturais
Vale a pena morar?
Morar em Dominica é mergulhar em uma cultura vibrante, com forte senso comunitário e profunda conexão com a natureza. A ilha oferece qualidade de vida para quem valoriza tranquilidade, cultura autêntica e preservação ambiental.
Vale a pena visitar?
Sem dúvida. Dominica é ideal para quem busca experiências autênticas, contato direto com tradições vivas e uma natureza praticamente intocada. Visitar a ilha é se surpreender com a força da cultura caribenha e com paisagens de tirar o fôlego.










