A Netflix não para de surpreender com suas apostas internacionais. A mais nova sensação da plataforma é A Reserva, uma minissérie dinamarquesa que mistura mistério, drama social e investigação de um jeito que gruda na tela. Lançada em 15 de maio de 2025, a produção já chegou direto ao Top 10 global e está sendo comparada com sucessos como The White Lotus e outras séries que mostram o lado podre da elite.
Com apenas seis episódios de cerca de 30 minutos cada, A Reserva é perfeita para quem quer uma maratona rápida mas intensa. A série foi filmada inteiramente em Copenhaga, nos bairros mais chiques da capital dinamarquesa, criando um contraste visual lindo entre a elegância do cenário e a crueza da história. O que mais impressiona é como a produção consegue transformar mansões lindas e jardins perfeitos em cenários assombrados pelos segredos que escondem. É aquele tipo de série que te faz questionar se você realmente conhece seus vizinhos.
Qual é a história por trás do desaparecimento?
A trama gira em torno do sumiço de Ruby, uma jovem au pair filipina que trabalhava para uma família rica da Dinamarca. Interpretada por Donna Levkovski, Ruby desaparece misteriosamente de um dos bairros mais sofisticados de Copenhaga, mas sua ausência quase passa batido pelas autoridades locais. A polícia simplesmente coloca o caso no final da fila, como se a vida de uma imigrante filipina não importasse muito.
É aí que entra Cecilie, interpretada por Marie Bach Hansen, uma vizinha que não consegue fechar os olhos para o que aconteceu. Junto com Angel (Excel Busano), sua própria au pair, ela resolve investigar por conta própria. Aos poucos, as duas descobrem que por trás das fachadas impecáveis e dos jantares sofisticados, existe um mundo de abusos, mentiras e injustiças que ninguém quer ver exposto. A investigação fica ainda mais complicada quando Aicha (Sara Fanta Traore), uma policial novata, decide seguir seus instintos e se juntar à busca pela verdade.
Por que todo mundo está falando desta série?
A Reserva não é só mais um mistério policial. A série criada por Ingeborg Topsøe e dirigida por Per Fly usa o desaparecimento de Ruby para mostrar coisas muito mais profundas sobre nossa sociedade. A produção expõe como funciona a dinâmica entre patrões ricos e empregadas imigrantes, revelando um sistema que protege os poderosos e silencia os vulneráveis.
Diferente dos clássicos suspenses nórdicos que sempre se passam no inverno sombrio, esta série acontece no verão ensolarado de Copenhaga. Mas não se engane com o clima alegre. A narrativa é pesada e não oferece alívio fácil para o espectador. Os críticos estão elogiando principalmente como a série consegue equilibrar ação e reflexão social, criando um thriller que diverte mas também incomoda. Muita gente está comparando com produções como Adolescência, outra série da Netflix que também mexe com questões sociais importantes, mas cada uma do seu jeito único.
Existe chance de uma segunda temporada?
Para quem já está pensando na continuação, a resposta é simples: não vai rolar. A Reserva foi planejada desde o início como uma minissérie fechada, com começo, meio e fim. A história de Ruby e Cecilie termina no sexto episódio, sem deixar pontas soltas para uma possível continuação.
Isso é até bom, na verdade. A série consegue contar sua história completa sem enrolação, sem episódios desnecessários só para esticar a narrativa. É aquele tipo de produção que entra, causa impacto e sai, deixando o espectador com muito o que pensar. Ingeborg Topsøe e Per Fly sabiam exatamente o que queriam dizer e disseram isso em menos de quatro horas de conteúdo total.
A Reserva representa perfeitamente o que a Netflix tem feito de melhor nos últimos tempos: apostar em produções internacionais que falam sobre questões universais. A série dinamarquesa consegue ser ao mesmo tempo um thriller envolvente e um retrato cruel das desigualdades sociais que existem em qualquer lugar do mundo. É uma dessas produções que você termina de assistir e fica pensando por dias sobre as questões que ela levanta. Para quem busca entretenimento inteligente e impactante, A Reserva é uma aposta certeira que não vai decepcionar.










