O cinema brasileiro fez bonito no Festival de Cannes 2025. Wagner Moura se tornou o primeiro ator brasileiro a ganhar o prêmio de Melhor Ator na história do festival. Kleber Mendonça Filho também levou o troféu de Melhor Diretor. Os dois conquistaram tudo isso com o filme O Agente Secreto.
A vitória foi dupla porque o filme ainda ganhou o Prêmio da Crítica. Isso mostra que tanto o público quanto os especialistas adoraram a produção. O Brasil foi escolhido como país de honra da edição 2025, e a conquista não poderia ter sido mais perfeita.
O que conta a história de O Agente Secreto?
O filme se passa nos anos 1970, durante a ditadura militar no Brasil. Wagner Moura interpreta Marcelo, um professor universitário que volta para Recife tentando escapar da perseguição política. Ele está fugindo de São Paulo porque os agentes do governo estão atrás dele por atividades consideradas subversivas.
A história mostra como era viver com medo naquela época. Marcelo chega no Recife bem na semana do Carnaval, pensando que vai encontrar paz. Mas logo descobre que até os vizinhos estão de olho nele. É um retrato tenso e real de um período muito difícil da história brasileira.
Por que as vitórias são tão importantes?
Wagner Moura fez história como o primeiro brasileiro a ganhar Melhor Ator em Cannes. Já Kleber Mendonça Filho repetiu um feito que só Glauber Rocha tinha conseguido em 1969. São conquistas que colocam o cinema nacional no mapa mundial de vez.
O filme recebeu 13 minutos de aplausos na sessão de Cannes. Isso é muito tempo para os padrões do festival. Mostra que a plateia ficou realmente emocionada com a história. A crítica internacional também elogiou muito, especialmente a atuação de Moura e a direção de Kleber.
Qual filme ganhou a Palma de Ouro?
Mesmo com todo o sucesso, O Agente Secreto não levou a Palma de Ouro. O prêmio máximo do festival foi para Un Simple Accident, do diretor iraniano Jafar Panahi. O filme é conhecido por misturar humor e crítica política de forma muito inteligente.
A vitória de Panahi foi vista como um gesto político do júri. O diretor iraniano é conhecido por seus filmes de resistência, que criticam o governo do Irã. O júri quis destacar a importância da arte como forma de protesto e liberdade de expressão.
Como foi a recepção internacional do filme?
O Agente Secreto chegou em Cannes com 100% de aprovação da crítica internacional. Os jornalistas estrangeiros elogiaram muito a forma como o filme retrata a ditadura brasileira. Wagner Moura foi descrito pelo The Guardian como “profundamente humano e politicamente contundente”.
A produção é uma coprodução entre Brasil, França, Alemanha e Holanda. Recebeu apoio do Fundo Setorial do Audiovisual, que é administrado pelo Ministério da Cultura. Isso mostra como as políticas públicas são importantes para levar o cinema brasileiro para o mundo.
O que vem depois para O Agente Secreto?
O filme tem tudo para continuar conquistando prêmios pelo mundo. Muita gente já está falando em possível indicação ao Oscar. A estreia nos cinemas brasileiros está marcada para o segundo semestre de 2025. A distribução internacional também já está sendo negociada.
Para Kleber Mendonça Filho, esta é a terceira vez que um de seus filmes compete na seleção oficial de Cannes. Ele já tinha participado com Bacurau e o documentário Retratos Fantasmas. Agora, com dois prêmios na bagagem, ele se consolida como um dos diretores brasileiros mais respeitados internacionalmente.









