Um estudo recente da NASA indica que o Brasil pode enfrentar áreas inabitáveis nas próximas décadas devido ao calor extremo, impulsionado pela crise climática global. As regiões do Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste estão entre as mais vulneráveis a esse fenômeno.
A análise considera não só a temperatura do ar, mas também a sensação térmica e a umidade, fatores que amplificam os riscos para a saúde e tornam o ambiente hostil para a sobrevivência humana.
Como o calor extremo pode afetar a saúde das pessoas?
O calor extremo representa um perigo até para pessoas saudáveis, especialmente quando temperaturas ultrapassam 37°C e a umidade passa de 70%. Isso pode provocar desde colapso térmico até danos cerebrais e falência de órgãos.
Além dos riscos diretos, existem mais de 27 distúrbios graves ligados ao calor, com destaque para problemas respiratórios e cardiovasculares que se agravam em situações de alta temperatura e umidade.

Quais outras regiões do planeta estão ameaçadas pelo calor insuportável?
Além do Brasil, áreas como sul da Ásia, Golfo Pérsico, partes da China e Sudeste Asiático também correm o risco de se tornarem inabitáveis. O estudo da NASA utilizou imagens de satélite e dados de temperatura de bulbo úmido para mapear as zonas vulneráveis.
Entre 2000 e 2019, estima-se que cerca de 489 mil pessoas morreram anualmente por calor, segundo a OMS e OMM, mas esse número pode ser ainda maior devido à subnotificação de casos.
Quais medidas podem reduzir os efeitos do calor extremo no Brasil?
- Reduzir emissões de gases de efeito estufa para desacelerar o aquecimento global.
- Combater desmatamento e queimadas para preservar ecossistemas e proteger a população.
- Adotar práticas sustentáveis e promover o consumo consciente de recursos naturais.
- Implementar sistemas de alerta precoce para eventos de calor intenso.
Curiosidade: especialistas recomendam adaptar a infraestrutura urbana para incluir mais áreas verdes e telhados reflexivos, que ajudam a reduzir a temperatura ambiente em grandes cidades.









