Brincar no parquinho está entre as atividades mais presentes na infância, seja em ambientes escolares, condomínios ou praças públicas. Entre os brinquedos favoritos das crianças, o escorregador merece atenção especial, já que seu uso requer alguns cuidados básicos para evitar acidentes e garantir momentos seguros de diversão.
Um número expressivo de visitas a prontos-socorros pediátricos está relacionado a lesões ocorridas em escorregadores. Muitas vezes, essas lesões envolvem fraturas nas pernas ou torções, situações comuns quando adultos descem com crianças sentadas no colo ou há uso inadequado do brinquedo. Entender as recomendações e conhecer práticas seguras pode ajudar a prevenir esses incidentes.
Quais os principais cuidados ao usar o escorregador?
Quando se trata de escorregador, a supervisão adulta é fundamental, mas não é a única regra importante. Especialistas apontam que o ideal é sempre permitir que a criança desça sozinha, de frente e sentada, nunca empilhada com outras crianças. Quando um adulto desce junto, mesmo com a intenção de proteger, o movimento combinado pode criar uma força maior nas pernas dos pequenos, aumentando o risco de fraturas.
Outro ponto essencial é respeitar o limite de idade indicado pelos fabricantes do parquinho. Escorregadores com altura ou inclinação exageradas para a faixa etária podem dificultar o controle do corpo dos menores, aumentando o perigo de quedas e lesões. Slides específicos para crianças pequenas proporcionam uma descida mais suave e controle facilitado durante a brincadeira.
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Por que não deixar a criança descer no colo do adulto?
Um erro comum no playground é permitir que adultos desçam com os pequenos no colo. O impacto gerado pelo peso do adulto transfere pressão extra às pernas da criança. Se um pé ou perna ficar preso na lateral do escorregador, essa força amplificada pode ocasionar fraturas sérias.
Ainda que muitos responsáveis acreditem estar oferecendo mais segurança ao amparar a criança dessa forma, estudos recentes mostram que o risco de lesão cresce. A alternativa mais recomendada é o adulto acompanhar de perto, orientando e auxiliando somente quando necessário, sem participar diretamente da descida.

Como promover um uso responsável e divertido do escorregador?
Adotar algumas atitudes ajuda a criar um ambiente saudável no parquinho. Antes de liberar as crianças para o brinquedo, é válido fazer uma inspeção visual rápida no escorregador: observar se há rachaduras, parafusos soltos ou superfícies muito quentes e escorregadias. No verão, o metal e o plástico podem aquecer rapidamente, representando risco de queimaduras, por isso o teste com a mão do adulto é sugestão frequente.
- Explique o uso correto: Oriente as crianças a não subirem pelo escorregador na direção contrária ou brincarem em fila indiana, para evitar colisões.
- Use trajes apropriados: Prefira roupas que não enrosquem facilmente e estejam confortáveis para movimentos livres.
- Mantenha a área de aterrissagem livre: Verifique se o final do escorregador está desobstruído para recepcionar quem desce.
- Evite brincadeiras de cabeça para baixo ou deitadas: Deslizar de maneira inadequada pode resultar em quedas inesperadas.
- Esteja sempre atento à faixa etária: Não permita que crianças pequenas utilizem slides destinados a maiores, ou vice-versa.
Quais sinais de alerta observar no equipamento?
A manutenção regular é responsabilidade dos gestores dos espaços públicos ou privados, porém, os pais e responsáveis podem colaborar verificando:
- Ausência de objetos estranhos sobre o escorregador.
- Superfície livre de resíduos, água ou areia que cause escorregões.
- Aparência de trincas, partes quebradas ou ferragens expostas.
Promover o uso seguro do escorregador é passo fundamental para que as crianças aproveitem de forma saudável. O respeito às orientações e a atenção permanente dos adultos contribuem para transformar as idas ao parquinho em momentos agradáveis, de desenvolvimento motor e social, reforçando a segurança como prioridade durante a diversão.









