As supernovas são eventos cósmicos de alta energia que geram raios cósmicos, partículas que bombardeiam planetas em potencial para a vida. Contudo, um estudo recente sugere que, sob certas condições, essa radiação cósmica pode ajudar a tornar mundos aparentemente inóspitos, habitáveis.
- Impactos da radiação ionizante na biologia planetária
- Proteções naturais da Terra contra a radiação cósmica
- Novas possibilidades para vida extraterrestre em ambientes hostis
Como a radiação cósmica afeta a possibilidade de vida?
A radiação ionizante possui energia suficiente para danificar compostos orgânicos, essenciais para formas de vida como a conhecemos. Composta por raios X, raios gama e partículas velozes dos raios cósmicos, essa radiação geralmente representa um risco para a biologia planetária.
Na Terra, estamos protegidos pela atmosfera e campo magnético do planeta. São escudos que evitam que a maioria desses raios cause danos significativos à vida terrestre.
De que forma a radiação poderia sustentar vida?
Contrariando o que se esperava, pesquisas indicam que formas de vida microbiana poderiam não apenas sobreviver à radiação ionizante, mas também depender dela. Através de um processo chamado radiólise, essas partículas energéticas poderiam fornecer energia viável em ambientes subterrâneos frios e escuros.
Por exemplo, simulando a radiólise em locais relevantes do Sistema Solar, cientistas identificaram que a lua Enceladus de Saturno é um habitat promissor, seguida por Marte e Europa, lua de Júpiter.

Quais as implicações para a busca por vida na galáxia?
Essa descoberta transforma a maneira como consideramos a existência da vida no universo, expandindo as possibilidades para incluir regiões que tradicionalmente não eram vistas como habitáveis. Planetas e luas localizados em zonas habitualmente expostas a grandes fluxos de radiação agora entram no radar dos astrobiólogos.
Segundo Dimitra Atri, astrobióloga da Universidade de Nova York em Abu Dhabi, “Ao invés de buscarmos apenas planetas quentes com luz solar, podemos considerar locais frios e escuros, desde que possuam água sob a superfície e sejam expostos a raios cósmicos.”
O estudo foi publicado no International Journal of Astrobiology. Pesquisas futuras também pretendem explorar como diferentes níveis de radiação afetam moléculas orgânicas complexas, ampliando nossa compreensão sobre os limites da habitabilidade.
Principais novidades sobre vida alienígena potencial
- Energia de raios cósmicos poderia sustentar vida microbiana em planetas inóspitos.
- Água subterrânea é crítica para sustentar vida em regiões frias e escuras.
- Exploração de luas e planetas frios continua vital para a astrobiologia.