O alecrim, ou Salvia rosmarinus, é uma planta versátil e aromática que oferece uma série de vantagens tanto na culinária quanto no jardim. Este arbusto perene e sempre-verde, nativo da região mediterrânea, é bem adaptado a climas quentes e secos. Suas folhas em forma de agulha são amplamente utilizadas para temperar carnes, pães, acompanhamentos salgados e até coquetéis. Além de suas utilidades culinárias, o alecrim também embeleza canteiros de flores com seu apelo ornamental. O alecrim é valorizado desde a antiguidade, sendo utilizado por povos antigos como os gregos e romanos por suas propriedades medicinais e simbólicas. Atualmente, estudos confirmam seus potenciais benefícios antioxidantes e antimicrobianos.
O cultivo de alecrim exige algumas condições específicas para que a planta se desenvolva plenamente. Ela é uma amante do sol, necessitando de seis a oito horas de luz solar direta diariamente, e prefere temperaturas entre 12ºC e 26ºC. O solo ideal para o alecrim é arenoso ou argiloso, levemente ácido, com boa drenagem. Entre uma rega e outra, é fundamental deixar o solo secar, já que o excesso de água pode causar o apodrecimento das raízes.
Quais plantas não se deve cultivar próximas ao alecrim?
Embora o alecrim conviva bem com várias plantas, existem algumas que devem ser evitadas devido às suas necessidades de cultivo distintas. Por exemplo, a hortelã, apesar de também preferir sol e solo levemente ácido, requer umidade constante, um ambiente que não é compatível com o alecrim. Similares em suas preferências por sol, o manjericão e o tomate demandam solos consistentemente úmidos e ricos em nutrientes, condições incompatíveis com as necessidades básicas do alecrim. A erva-doce, bastante conhecida em regiões como Rio Grande do Sul, também não é recomendada para o plantio próximo do alecrim devido às suas propriedades alelopáticas.

Por que fennel e pepinos não são companheiros ideais?
Fennel, ou funcho, é uma planta que apresenta efeitos alelopáticos, liberando compostos químicos no solo que inibem o crescimento do alecrim e de outras plantas. Tal característica pode resultar em crescimento atrofiado e atrair pragas indesejadas. Os pepinos, por sua vez, necessitam de muita água, dada sua composição de 96% de água, e criam um ambiente úmido que não é favorável para o desenvolvimento saudável do alecrim. Essa diferença nos requisitos de irrigação pode comprometer ambas as espécies.
Que desafios existem ao cultivar alecrim junto a abóboras?
As abóboras são plantas que adoram umidade e são suscetíveis ao míldio — um tipo de fungo que poderia se espalhar para o alecrim próximo. Além do risco de doenças fúngicas e apodrecimento das raízes devido ao excesso de água, as videiras de abóbora se espalham agressivamente e podem competir por espaço e recursos, sufocando as plantas menores, como o alecrim. Segundo orientações de especialistas da Embrapa, é recomendável manter um espaçamento adequado entre essas espécies para evitar problemas fitossanitários.
Como aproveitar melhor o alecrim no jardim?
Para otimizar o cultivo de alecrim, é importante plantá-lo junto a outras ervas e vegetais que tenham necessidades de cultivo semelhantes, como o orégano, a lavanda e o tomilho. Essas plantas desfrutam de ambientes secos e ensolarados, garantindo que cada uma possa prosperar sem sacrificar suas condições ideais de crescimento. Ao planejar o jardim, é crucial considerar as necessidades específicas de cada planta para criar um ambiente harmonioso e produtivo. Em regiões como Portugal e Minas Gerais, o cultivo de alecrim é bastante tradicional, mostrando sua versatilidade em diferentes tipos de solo e clima.









