Aquela música começa, a melodia cresce e, de repente, surgem arrepios pelo corpo, um nó na garganta ou até vontade de chorar. Esse fenômeno é comum, intenso e tem explicação biológica. Em 2025, pesquisas em neurociência mostram que a música consegue ativar no cérebro os mesmos circuitos ligados ao prazer e à recompensa.
O que acontece no cérebro quando a música emociona?
Ao ouvir uma música marcante, o cérebro não processa apenas sons. Ele antecipa padrões, reconhece mudanças inesperadas e associa a melodia a memórias e emoções.
Segundo estudos citados pela Harvard Medical School, esse processo ativa o sistema de recompensa, levando à liberação de dopamina, o neurotransmissor ligado ao prazer, à motivação e ao aprendizado.

Por que os arrepios aparecem junto com a emoção?
Os arrepios, chamados de frisson ou chills, surgem quando há um pico emocional súbito.
Nesse momento:
- a dopamina é liberada em maior quantidade;
- o sistema nervoso autônomo é ativado;
- o corpo reage como se estivesse diante de algo muito significativo.
É a mesma resposta fisiológica associada a momentos de forte impacto emocional, abaixo, eduardosouzamusica fala um pouco sobre frisson em seu TikTok:
A ligação entre dopamina, expectativa e surpresa
A música emociona especialmente quando combina expectativa e surpresa. O cérebro tenta prever o que vem a seguir, e se a música quebra essa previsão de forma harmoniosa, o prazer aumenta.
Isso explica por que:
- crescimentos repentinos de volume arrepiam;
- mudanças inesperadas de acorde emocionam;
- refrões aguardados causam impacto físico.
O prazer não está só no som, mas na forma como ele desafia e recompensa o cérebro.

Tabela dopamina e respostas do corpo
Para entender melhor o assunto, abaixo, uma tabela mostrando a situação, resposta no cérebro e efeito no corpo:
| Situação | Resposta do cérebro | Efeito no corpo |
|---|---|---|
| Música emocional | Liberação de dopamina | Arrepios, emoção intensa |
| Antecipação do refrão | Aumento de expectativa | Tensão agradável |
| Clímax musical | Pico de recompensa | Arrepios, nó na garganta |
Explicação em destaque: a dopamina começa a ser liberada antes do momento mais emocionante da música, durante a expectativa, e atinge o pico no clímax sonoro.
De acordo com especialistas, essa antecipação é parte central do prazer musical.
No fim, os arrepios causados pela música mostram que o som não é apenas ouvido, ele é sentido. A música conversa diretamente com emoções profundas, usando o próprio sistema químico do cérebro para transformar notas em experiência física.










