A alface (Lactuca sativa) destaca-se entre as plantas medicinais de uso tradicional, sendo amplamente cultivada e consumida no Brasil e em diversos países. Conhecida por seu sabor leve, ela é muito mais do que um simples vegetal de salada, apresentando compostos bioativos com reconhecido potencial curativo e terapêutico.
- Propriedade calmante e efeito sobre o sono;
- Atividade antioxidante promovida por flavonoides;
- Ação digestiva auxiliando no funcionamento gastrointestinal.
Quais são as propriedades calmantes e efeitos sobre o sono da alface?
Uma das propriedades medicinais mais estudadas da alface está relacionada ao seu potencial calmante e indutor do sono. Este efeito é atribuído principalmente à presença de lactucina, lactupicrina e outros compostos fenólicos, que atuam em receptores do sistema nervoso central promovendo relaxamento. Tal propriedade motivou pesquisas inclusivas em distúrbios do sono, associando o consumo regular desse vegetal à melhora em quadros de insônia, como demonstrado por estudos recentes de farmacognosia.
“A administração de extrato de folhas de alface resultou em aumento significativo do tempo de sono em modelo animal, sugerindo que seus constituintes fenólicos exercem ação sedativa relevante no organismo.” (Grunes, Carl et al. v. 143, p. 205-210, 2012).
O que revelam as pesquisas sobre a ação antioxidante dos compostos fenólicos presentes na alface?
A ação antioxidante é uma das principais razões para a popularização do consumo de alface em dietas preventivas. Rica em flavonoides e fenóis, a planta auxilia na neutralização de radicais livres, reduzindo o estresse oxidativo celular e, consequentemente, ajudando na prevenção de doenças crônicas. A relação entre o consumo de vegetais frescos e a melhoria do equilíbrio antioxidante é bem fundamentada na literatura botânica e científica, como destaca publicação da USP. Estudos comparativos também abordam a capacidade antioxidante da alface em relação a outros vegetais folhosos, mostrando que seu consumo frequente contribui para uma dieta mais equilibrada.
“Os flavonoides presentes na Lactuca sativa exercem atividade antioxidante notável, sendo observada uma considerável capacidade de eliminação de radicais livres em experimentos laboratoriais.” (Ferreira, Fernanda Lopes et al. v. 18, n. 1, p. 33-40, 2015).

Quais os benefícios da alface para a digestão segundo evidências científicas?
O uso tradicional da alface também inclui benefícios para o sistema digestivo, onde seus princípios ativos promovem estimulação da secreção gástrica e favorecem o trânsito intestinal. Além disso, compostos amargos presentes na folha potencializam a digestibilidade e contribuem para o alívio de desconfortos como dispepsia ou prisão de ventre. Estudos de fitoterapia confirmam tais efeitos, tornando a alface uma escolha natural para o equilíbrio gastrointestinal. Pesquisas recentes apontam que dietas que incluem vegetais folhosos, como a alface, estão associadas à melhor microbiota intestinal, favorecendo ainda mais a saúde digestiva.
“A ingestão regular de folhas frescas de alface demonstrou efeito positivo na regulação do trânsito intestinal e na melhora da função digestiva, resultado atribuído à ação sinérgica de fibras alimentares e compostos amargos.” (Matos, Francisco José de Abreu. Fortaleza: UFC, 2021).
Leia também: 3 plantas que reduzem estresse e renovam a energia do ambiente
Como incorporar a alface na rotina fitoterápica de forma segura?
Dentre as formas de uso recomendadas, destaca-se o preparo de saladas frescas e sucos naturais, mas a alface também pode ser utilizada na forma de chás por infusão — especialmente para aproveitamento do efeito calmante. Para pescadores de sono ou quem busca leveza pós-refeição, o consumo de chá feito a partir das folhas pode ser sugerido no período noturno. É fundamental, porém, que a planta esteja limpa e provenha de fonte segura para evitar contaminações. No Brasil, orienta-se a preferência por produtos de origem orgânica e certificados para garantir a ausência de resíduos químicos no cultivo da alface.
- Lavar bem as folhas antes do consumo;
- Para uso medicinal, prefira variedades orgânicas frescas;
- No preparo do chá, utilize apenas folhas frescas e água filtrada.
Quais são os principais aprendizados sobre as propriedades curativas da alface?
- A alface contém compostos bioativos reconhecidos por efeito calmante, ação antioxidante e benefícios digestivos, evidenciados em estudos científicos recentes;
- Seu consumo regular está associado à promoção da saúde, especialmente do sistema nervoso e digestivo, conforme referências da literatura médica;
- As principais aplicações terapêuticas envolvem uso alimentar, chás e indicações tradicionais respaldadas por pesquisas de universidades e periódicos acadêmicos.
Referências bibliográficas
- Ferreira, Fernanda Lopes et al. Compostos fenólicos da alface e sua ação antioxidante. Brazilian Journal of Food Technology, v. 18, n. 1, p. 33-40, 2015.
- Grunes, Carl et al. The sedative effects of Lactuca sativa extracts. Journal of Ethnopharmacology, v. 143, p. 205-210, 2012.
- Matos, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. 6. ed. Fortaleza: UFC, 2021.
- USP. Universidade de São Paulo. Propriedades funcionais de plantas utilizadas na alimentação. São Paulo: USP, 2020.









