Nos últimos anos, ir ao cinema virou algo bem diferente. Sabe aquela experiência silenciosa de assistir um filme numa sala escura? Bem, ela anda meio complicada. As redes sociais, especialmente o TikTok, mudaram completamente como as pessoas se comportam nos cinemas.
Agora é comum ver gente usando o celular durante o filme, gravando reações ou até mesmo participando de trends que rolam na internet. É como se a linha entre o mundo digital e o cinema real tivesse sumido. E isso está causando uma baita confusão.
Por que o público mudou tanto?
A pandemia foi um divisor de águas. Durante dois anos, todo mundo se acostumou a assistir filmes em casa, no Netflix, Amazon Prime e outros streamings. Dava para pausar, voltar, comer pipoca à vontade e até conversar durante o filme. Essa liberdade toda meio que “estragou” o pessoal para voltar ao cinema.
Além disso, o TikTok virou o aplicativo favorito da galera mais nova. A plataforma ensina que tudo pode virar conteúdo. Então, muitos jovens chegam no cinema já pensando em como vão postar sobre aquilo. É o famoso “se não postou, não aconteceu” levado ao extremo.
Que trends estão causando confusão nos cinemas?
O TikTok criou várias trends que invadiram as salas de cinema. Uma das mais famosas foi durante exibições de filmes populares, quando o pessoal começou a gritar frases específicas em momentos combinados. É como se fosse um karaokê, mas no meio do filme.
Tem também a trend de gravar reações durante cenas importantes. O problema é que a luz do celular atrapalha quem está tentando assistir normalmente. Alguns cinemas tiveram que colocar seguranças para controlar isso. Imagina a situação: você vai relaxar no cinema e acaba virando fiscal de comportamento.
O streaming está matando o cinema?
Não exatamente. O streaming oferece comodidade, mas o cinema ainda tem sua magia. A tela gigante, o som surround e aquela experiência coletiva de rir ou se assustar junto com desconhecidos não dá para replicar em casa. O problema é que essa experiência coletiva virou uma faca de dois gumes.
Os dados mostram que 84% dos usuários do TikTok gostam de ver conteúdo misturado. Eles querem imagens, vídeos, interação. O cinema tradicional meio que vai contra isso, porque pede silêncio e atenção total. É um conflito entre duas formas diferentes de consumir entretenimento.
Como os cinemas estão reagindo?
As redes de cinema não ficaram paradas. Muitas começaram a fazer avisos mais claros antes dos filmes, lembrando sobre o uso de celulares. Outras estão investindo em tecnologia para detectar quando alguém está filmando durante a sessão.
Tem cinema que está tentando surfar na onda do TikTok em vez de lutar contra ela. Eles criam eventos especiais, sessões temáticas e até liberam o uso de celular em horários específicos. É uma forma de abraçar a mudança em vez de resistir a ela.
Qual o futuro do cinema?

O cinema vai sobreviver, mas precisou se reinventar. A experiência premium está em alta: salas IMAX, poltronas reclináveis, som Dolby Atmos. É como se os cinemas estivessem dizendo: “Se você vai sair de casa, que seja para algo realmente especial”.
A Geração Z ainda gosta de cinema, mas quer algo diferente. Eles valorizam experiências autênticas e interativas. Talvez o futuro seja uma mistura: sessões tradicionais para quem quer silêncio e sessões interativas para quem quer participar. O importante é encontrar um meio termo que funcione para todo mundo.
Dá para salvar a experiência cinematográfica?
Com certeza. O segredo está na educação e na diversidade de opções. Tem espaço para quem quer assistir em silêncio e para quem quer uma experiência mais social. O TikTok não é o vilão da história, é só uma nova realidade.
O cinema sempre se adaptou às mudanças. Sobreviveu à TV, ao videocassete, ao DVD e ao streaming. Vai sobreviver ao TikTok também. A chave é entender que o público mudou e oferecer experiências que façam sentido para essa nova geração. No final das contas, todo mundo só quer se divertir.










