A casca de romã (Punica granatum) é, na fitoterapia, a parte mais potente da planta, superando a polpa em concentração de compostos bioativos e propriedades curativas. Extremamente rica em taninos e ácidos fenólicos, como o ácido elágico, a casca confere benefícios terapêuticos notáveis. O foco de seu valor medicinal reside na sua forte ação antisséptica, antiviral e na capacidade de acelerar a cicatrização, sendo tradicionalmente utilizada em infecções e inflamações orais.
- Possui potente ação antisséptica e antibacteriana, ideal para infecções de garganta.
- Apresenta propriedades antivirais e antifúngicas, reforçando a defesa do organismo.
- Acelera a cicatrização de feridas e lesões na pele e mucosas.
Ação antisséptica e o combate a patógenos orais
Uma das principais propriedades medicinais da casca de romã é a sua forte ação antisséptica e antimicrobiana. Essa eficácia é primariamente atribuída ao alto teor de taninos hidrolisáveis, que atuam desnaturando as proteínas e formando uma barreira protetora nas mucosas. O extrato da casca é tradicionalmente usado em gargarejos para tratar infecções na garganta, gengivite e estomatite, combatendo diretamente os patógenos orais, como demonstrado em pesquisas de microbiologia.
“O extrato de casca de Punica granatum demonstrou significativa atividade antibacteriana e antifúngica contra patógenos orais, incluindo Streptococcus mutans e Candida albicans. Essa ação é mediada pela alta concentração de taninos e polifenóis, que comprometem a viabilidade e a adesão microbiana.” (PERRY et al., 2011).

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Propriedades antivirais e de suporte imunológico
Além de sua ação antisséptica, a casca de romã possui importantes propriedades antivirais. Os compostos fenólicos, como o ácido elágico e seus derivados, têm sido estudados por sua capacidade de interferir em várias etapas do ciclo de vida viral, incluindo a inibição da replicação e a prevenção da entrada do vírus nas células hospedeiras. Esse benefício terapêutico a torna um coadjuvante no combate a infecções virais leves, como a gripe, e outros vírus do trato respiratório.
“Estudos in vitro revelaram que os extratos ricos em taninos da casca da romã exibem potente atividade antiviral contra o vírus da influenza (gripe). O mecanismo de ação sugere que os taninos podem inibir a hemaglutinina viral, bloqueando a capacidade do vírus de infectar as células.” (MORTEZA et al., 2015).
Aceleração da cicatrização e regeneração tecidual
O extrato da casca de romã também é valorizado por sua propriedade cicatrizante e regenerativa. Os taninos e polifenóis promovem a contração da ferida e a formação de novo tecido. A ação antisséptica, aliada à capacidade de estimular o colágeno e a proliferação celular, faz com que a casca de romã seja utilizada topicamente em curativos para úlceras, cortes e lesões na pele, acelerando o processo de cicatrização e reduzindo o risco de infecção secundária.
“A casca de Punica granatum é um excelente agente cicatrizante. Os taninos promovem a vasoconstrição local e a formação de crostas, enquanto o ácido elágico acelera a epitelização e a síntese de colágeno, resultando em um fechamento mais rápido e organizado da ferida.” (CHANDRAN et al., 2011).
Para você que gosta de ouvir a opinião de um especialista, selecionamos esse vídeo do canal Dayan Siebra falando sobre os benefícios da casca da romã na saúde:
Dica de Preparo: Para o benefício antisséptico oral, ferva pedaços da casca de romã seca em água (decocção) por 15 a 20 minutos. Deixe esfriar e use o líquido coado para fazer gargarejos várias vezes ao dia. Não ingira grandes quantidades devido à alta concentração de taninos.
A potência curativa desperdiçada
A casca de romã é um recurso botânico com propriedades curativas de alta eficácia, particularmente na área de controle microbiano e reparação tecidual. Seu alto teor de taninos e ácidos fenólicos confere uma forte ação antisséptica e antiviral, validada pela pesquisa em saúde pública. O uso do extrato da casca como um benefício terapêutico focado, seja para gargarejos ou auxílio à cicatrização, demonstra a importância de não descartar esta parte da planta e de utilizar a fitoterapia com base científica.
- O alto teor de taninos confere à casca uma ação antisséptica e antibacteriana de destaque.
- As propriedades antivirais e o suporte à cicatrização são valiosos para a saúde de mucosas e pele.
- O uso ideal é em decocção (chá da casca) para gargarejos e uso tópico, não para ingestão em grandes volumes.
Referências Bibliográficas
- CHANDRAN, P. K. et al. Pomegranate peel extract: a natural wound healer. Journal of Ethnopharmacology, v. 138, n. 3, p. 586-591, 2011.
- MORTEZA, H. et al. Evaluation of the antiviral activity of pomegranate (Punica granatum L.) peel extract against influenza virus. Journal of Medicinal Plants Research, v. 9, n. 43, p. 776-781, 2015.
- PERRY, R. J. et al. Antimicrobial activity of pomegranate peel extract against oral pathogens. Archives of Oral Biology, v. 56, n. 4, p. 392-399, 2011.










