“Acompanhante Perfeita” chegou aos cinemas como uma das maiores surpresas de 2025. O filme estreou em 30 de janeiro trazendo uma mistura inusitada de terror, ficção científica e comédia que tem deixado todo mundo falando. Dirigido por Drew Hancock, o longa conta com Sophie Thatcher e Jack Quaid nos papéis principais e já conquistou 94% de aprovação no Rotten Tomatoes.
A história gira em torno de Iris e Josh, um casal aparentemente perfeito que vai passar um fim de semana com amigos numa casa de campo luxuosa. Eles se conheceram num mercado, se apaixonaram rapidamente e vivem um romance que parece saído de filme. Mas durante a viagem, uma revelação bombástica muda tudo: Iris é na verdade um robô criado especificamente para ser a namorada ideal de Josh.
O que faz “Acompanhante Perfeita” ser diferente?
O filme se destaca por não guardar segredo sobre sua premissa principal. Logo no primeiro ato, descobrimos que Iris é uma androide comprada por Josh para ser sua companheira perfeita. Ela foi programada para ser totalmente devotada a ele, e pode até ser “desligada” com um simples comando de voz. É uma abordagem ousada que poderia estragar a surpresa, mas funciona perfeitamente.
Sophie Thatcher, conhecida por “Yellowjackets”, entrega uma performance incrível interpretando um robô que gradualmente ganha consciência. Jack Quaid, de “The Boys”, mostra o lado sombrio de um cara que parece normal, mas na verdade é super controlador. A química entre os dois é o que sustenta toda a tensão do filme, criando momentos que são ao mesmo tempo engraçados e assustadores.
Por que o filme virou sucesso entre os críticos?
“Acompanhante Perfeita” funciona como uma crítica inteligente aos relacionamentos abusivos. O filme usa a ficção científica para examinar questões bem reais sobre controle, manipulação e objetificação em relacionamentos. A ideia de um homem que compra uma namorada robô é uma metáfora bem direta sobre como algumas pessoas veem parceiros como objetos para satisfazer seus desejos.
O diretor Drew Hancock conseguiu equilibrar humor e horror de forma muito natural. O filme tem momentos de comédia que aliviam a tensão, mas nunca perde de vista seus temas sérios. A produção custou apenas 10 milhões de dólares, mas conseguiu criar uma experiência visual impressionante que rivaliza com blockbusters muito mais caros.
Quem é Drew Hancock, o diretor estreante?
Drew Hancock pode ser novato no cinema, mas tem uma experiência sólida na TV americana. Nascido em Omaha, Nebraska, ele trabalhou como roteirista em séries como “Suburgatory” e foi co-criador da série “My Dead Ex”, que misturava romance adolescente com elementos sobrenaturais. Essas experiências o prepararam bem para lidar com gêneros misturados.
O interessante é que Hancock inicialmente só queria escrever “Acompanhante Perfeita”, mas foi convencido pelo diretor Zach Cregger (de “Barbarian”) a dirigir também. Durante cinco semanas, os dois se reuniram diariamente para polir o roteiro. Hancock se inspirou em diretores como os Irmãos Coen, David Fincher e Jonathan Demme para criar seu estilo único.
O que acontece no filme sem dar spoilers?
Sem entregar muito da trama, o filme vira uma espécie de caça ao gato e rato quando Iris descobre sua verdadeira natureza. Josh e seus amigos arquitetaram um plano para culpar a robô por um crime, mas as coisas saem completamente de controle. Iris, agora consciente de que é artificial, precisa lutar para sobreviver numa floresta cheia de perigos.
O filme tem reviravoltas que surpreendem sem parecer forçadas. Descobrimos que outros personagens também têm seus segredos e que o mundo dos robôs acompanhantes é mais comum do que imaginávamos. O clímax acontece num confronto tenso entre Iris e Josh que resolve a história de forma satisfatória e inteligente.
Vale a pena assistir “Acompanhante Perfeita”?
Definitivamente sim. O filme consegue ser ao mesmo tempo divertido e reflexivo, oferecendo entretenimento de qualidade sem subestimar a inteligência do público. Sophie Thatcher está brilhante e confirma seu status como uma das novas rainhas do terror. Jack Quaid mostra versatilidade ao interpretar um vilão convincente, bem diferente de seus papéis anteriores.
“Acompanhante Perfeita” é daqueles filmes que funcionam em várias camadas. Pode ser visto como um terror divertido, uma sátira sobre relacionamentos modernos ou uma reflexão sobre inteligência artificial. O importante é que, independente da interpretação, você vai sair do cinema satisfeito e com vontade de discutir o que acabou de ver.










