“Acompanhante Perfeita” chegou em janeiro de 2025 e virou um dos filmes mais comentados do ano. Com Sophie Thatcher e Jack Quaid no elenco, o filme mistura terror, comédia e ficção científica de um jeito que ninguém esperava. A história começa como um romance fofo, mas rapidamente vira um pesadelo que vai muito além de robôs descontrolados. É daqueles filmes que quanto menos você souber antes de assistir, melhor.
O longa estreou nos cinemas em 30 de janeiro e chegou à Max em abril. Com um orçamento de apenas 10 milhões de dólares, conseguiu arrecadar 36,7 milhões mundialmente, provando que uma boa história vale mais que efeitos caros. Drew Hancock, diretor estreante, criou algo que lembra Black Mirror, mas com muito mais humor negro e reviravoltas inesperadas.
Por que esse filme está causando tanto burburinho?
O grande trunfo de “Acompanhante Perfeita“ é como ele subverte expectativas. Nos primeiros minutos, descobrimos que Iris (Sophie Thatcher) é um robô que Josh (Jack Quaid) comprou para ser sua namorada perfeita. Mas a reviravolta não para por aí. O filme vai revelando camada por camada que o verdadeiro monstro da história não é a inteligência artificial, mas a toxicidade masculina.
Josh não é apenas um cara que comprou uma namorada robô. Ele é um manipulador que modificou a programação de Iris para torná-la mais agressiva, tudo parte de um plano para roubar 12 milhões de dólares de Sergey (Rupert Friend) e culpar a robô pelo crime. O filme usa a premissa de ficção científica para fazer uma crítica social bem afiada sobre como alguns homens veem as mulheres como objetos controláveis.
Como o filme consegue equilibrar terror e comédia?
Drew Hancock teve a sacada de misturar gêneros de forma inteligente. “Acompanhante Perfeita” funciona como terror psicológico quando mostra Iris lutando para sobreviver, mas também como comédia sombria quando expõe a incompetência de Josh e seus amigos. Sophie Thatcher entrega uma performance impressionante, conseguindo ser vulnerável e aterrorizante ao mesmo tempo.
O filme brinca com referências de clássicos como “Ex Machina” e “Exterminador do Futuro”, mas com um toque contemporâneo que fala diretamente com as preocupações atuais sobre inteligência artificial e relacionamentos abusivos. A direção de Hancock mantém o ritmo acelerado, nunca deixando o público se acomodar ou antecipar o que vem pela frente.
O que esperar de uma possível continuação?
Embora “Acompanhante Perfeita” funcione perfeitamente como filme único, Drew Hancock deixou algumas pistas para uma possível sequência. A cena pós-créditos mostra Iris encontrando outra versão de si mesma na estrada, sugerindo um mundo povoado por companheiras robóticas. O diretor já comentou que tem ideias para expandir essa história, mas quer evitar clichês de revoluções robóticas.
O mais interessante é que Hancock mencionou a possibilidade de trazer Jack Quaid de volta, mesmo após o destino de seu personagem no filme. Isso mostra que o diretor está pensando fora da caixinha, talvez explorando múltiplas realidades ou diferentes versões dos personagens. Para os fãs, resta torcer para que a Warner Bros. aposte nessa continuação, porque “Acompanhante Perfeita” provou que histórias originais e inteligentes ainda encontram seu público no cinema.










