Dylan O’Brien está de volta e tá fazendo todo mundo ficar grudado na tela com Caddo Lake, o novo filme original da Max. Desde que estreou em outubro de 2024, o thriller virou o filme mais assistido da plataforma no mundo inteiro. A produção tem a digital do M. Night Shyamalan, o mestre dos plot twists, então já sabe que vai ter reviravolta de dar nó na cabeça.
O filme começa com uma premissa simples: uma menina de 8 anos desaparece misteriosamente no Lago Caddo, na fronteira entre Texas e Louisiana. Mas, obviamente, as coisas não são tão simples assim. Logo descobrimos que esse desaparecimento está conectado com uma série de mortes e mistérios que vêm acontecendo há décadas. A história vai se desenrolando de um jeito que deixa todo mundo tentando decifrar o que realmente está acontecendo.
Por que todo mundo está comparando com a série Dark?
A primeira coisa que chama atenção em Caddo Lake é como ele lida com viagens no tempo. Assim como Dark, a série alemã que virou obsessão mundial, o filme brinca com linhas temporais de um jeito que faz sua cabeça dar voltas. Dylan O’Brien vive Paris, um cara que perdeu a mãe em um acidente de carro e quer entender o que realmente aconteceu com ela.
Do outro lado, temos Eliza Scanlen como Ellie, uma adolescente rebelde que tem uma relação complicada com a família. Quando a meio-irmã dela desaparece, Ellie acaba descobrindo segredos sobre o lago que conectam todas as histórias de uma forma impossível de imaginar. A atuação dos dois é o que segura o filme, mesmo quando a trama fica bem confusa.
Como funciona a viagem no tempo no lago?
Sem dar spoilers, o Lago Caddo esconde um portal temporal que só funciona em condições específicas. Quando o nível da água baixa durante a seca, é possível acessar uma parte do lago que permite viajar entre diferentes épocas. É um conceito simples, mas que os diretores Celine Held e Logan George usaram de forma bem criativa.
O legal é que a viagem no tempo não é tratada como algo mágico ou científico demais. É apresentada como uma característica natural daquele lugar específico, o que torna tudo mais misterioso e assustador. Os personagens descobrem isso aos poucos, e a gente vai junto nessa jornada de descoberta.
Qual é a real da árvore genealógica maluca?
Aqui que a coisa complica mesmo. Prepare-se para uma árvore genealógica que mais parece um nó cego. Anna, a menina que desaparece em 2022, na verdade viajou para 1952 e acabou tendo um filho por lá. Esse filho é o Paris, que por sua vez teve um relacionamento e é pai da Ellie. Ou seja, Ellie é ao mesmo tempo meio-irmã e neta da Anna.
Parece confuso? É porque é mesmo. Mas essa confusão toda faz parte da proposta do filme. M. Night Shyamalan ajudou os diretores a organizar essas revelações de um jeito que fizesse sentido, mesmo sendo totalmente maluco. Cada pedacinho da informação vai sendo revelado no momento certo para que a gente consiga acompanhar.
Por que Dylan O’Brien está arrasando nesse papel?
Dylan O’Brien sempre foi subestimado como ator. Desde Teen Wolf, onde ele mostrou que conseguia ir do cômico ao dramático em segundos, todo mundo sabia que ele tinha potencial para muito mais. Em Caddo Lake, ele finalmente tem um papel que permite mostrar toda sua capacidade.
Paris é um personagem complexo, lidando com luto, culpa e a descoberta de verdades impossíveis sobre sua família. O’Brien consegue transmitir toda essa carga emocional sem exagerar, criando um protagonista que a gente torce e se preocupa do início ao fim. Eliza Scanlen também entrega uma performance sólida como Ellie, especialmente considerando o quanto sua personagem precisa carregar o peso das revelações do filme.
O que torna Caddo Lake especial entre os thrillers atuais?
O filme consegue algo raro: ser complexo sem ser pretensioso. Enquanto muitos thrillers modernos se perdem tentando ser inteligentes demais, Caddo Lake mantém o foco na emoção dos personagens. Por trás de toda a confusão temporal, existe uma história simples sobre família, perda e a dificuldade de deixar o passado para trás.
Os diretores se inspiraram visitando o Lago Caddo real e conversando com os moradores locais. Essa pesquisa se reflete na autenticidade do ambiente e na forma como a comunidade é retratada. Não é apenas um cenário bonito, mas um lugar que respira história e mistério. O filme prova que, às vezes, a melhor ficção científica vem de lugares reais que já são naturalmente estranhos e fascinantes.










