Com a chegada dos dias mais quentes, atividades ao ar livre como caminhadas, momentos de lazer no jardim e encontros em varandas se tornam mais frequentes. No entanto, esse período também marca o aumento da presença de carrapato, pequenos parasitas que podem representar riscos à saúde de pessoas e animais. O crescimento desses insetos está diretamente relacionado às mudanças climáticas, tornando a prevenção uma preocupação constante para quem cuida de jardins e áreas verdes.
Embora o uso de produtos químicos seja uma alternativa comum para afastar as carrapato, há métodos naturais que podem ser igualmente eficazes e, ao mesmo tempo, embelezar o ambiente. Diversas plantas possuem propriedades repelentes e podem ser utilizadas como barreiras vivas, oferecendo proteção e um toque ornamental aos espaços externos.
Quais plantas ajudam a afastar as carrapato?
Entre as opções disponíveis, algumas espécies se destacam pela capacidade de repelir as carrapato de forma natural. Essas plantas liberam aromas ou substâncias que incomodam os parasitas, dificultando sua permanência nas áreas próximas. Além disso, muitas delas são fáceis de cultivar e contribuem para a biodiversidade do jardim.
Confira a seguir algumas das principais plantas recomendadas para quem deseja manter o ambiente livre de carrapato:
- Tanaceto – Planta perene de aroma marcante, tradicionalmente utilizada como repelente natural. Seu cheiro intenso de cânfora é desagradável para muitos insetos, incluindo as carrapato.
- Achillea millefolium – Conhecida pela folhagem delicada e flores em tons variados, essa espécie libera compostos aromáticos que afastam diversos parasitas.
- Erva-gata (Nepeta) – Além de atrair felinos, a nepeta contém nepetalactona, um composto que funciona como repelente natural para carrapato e outros insetos.
- Piretro da Dalmácia – Planta semelhante à margarida, rica em piretrinas, substâncias usadas na fabricação de inseticidas naturais.

Como cultivar plantas repelentes de carrapato no jardim?
Para obter melhores resultados, é importante posicionar essas plantas em locais estratégicos do jardim, como bordas de gramados, próximos a áreas de lazer ou ao redor de caminhos frequentemente utilizados. O cultivo dessas espécies não exige cuidados complexos, sendo ideal para jardineiros iniciantes ou experientes.
- Escolha do local: Prefira áreas com boa exposição solar e solo bem drenado.
- Plantio: Distribua as mudas em grupos para potencializar o efeito repelente e criar um visual harmonioso.
- Manutenção: Realize podas regulares para controlar o crescimento e remova flores secas para estimular novas florações.
- Rega: A maioria dessas plantas tolera períodos de seca, mas o fornecimento de água deve ser ajustado conforme a necessidade de cada espécie.
Além de repelir carrapato, quais benefícios essas plantas trazem?
Além da função protetora, as plantas repelentes de carrapato oferecem outros benefícios ao jardim. Muitas delas atraem polinizadores, como abelhas e borboletas, contribuindo para o equilíbrio ecológico. Outras espécies, como o tanaceto e a achillea, também auxiliam no controle de pragas, tornando-se aliadas na manutenção de hortas e canteiros.
Outro ponto relevante é o valor ornamental dessas plantas. Suas flores coloridas e folhagens variadas proporcionam um visual agradável, transformando o jardim em um espaço mais bonito e funcional. Algumas, como o piretro, podem até ser utilizadas para preparar repelentes caseiros, ampliando as possibilidades de uso.
Como manter o jardim protegido de carrapato de maneira sustentável?
O uso de plantas repelentes é uma alternativa sustentável e de baixo impacto ambiental para afastar as carrapato. Essa abordagem reduz a necessidade de produtos químicos, preservando a saúde de pessoas, animais domésticos e da fauna local. Além disso, o cultivo dessas espécies estimula práticas de jardinagem mais conscientes e integradas à natureza.
Ao adotar essas plantas, é possível criar uma barreira natural contra as carrapato, garantindo mais tranquilidade durante as atividades ao ar livre. O cuidado com o posicionamento e a manutenção das espécies escolhidas faz toda a diferença na eficácia do método, promovendo um ambiente seguro e agradável durante todo o ano.
Vale lembrar que algumas pesquisas realizadas nos últimos anos em universidades renomadas, como a Universidade de São Paulo e a Universidade de Coimbra, apontam para a eficiência ainda maior do uso combinado dessas espécies no controle de parasitas em áreas urbanas e rurais, especialmente em países de clima mais quente, como o Brasil e Portugal. Isso reafirma a importância de integrar práticas naturais e sustentáveis ao cuidado com jardins e espaços externos.










