Arqueólogos na Dinamarca desenterraram uma peça de goma de mascar de bétula com 5.700 anos. Este artefato surpreendente permitiu que cientistas reconstruíssem o genoma humano completo de uma pessoa da Idade da Pedra. A análise revelou dados incríveis sobre a vida e dieta do antigo mastigador.
- Identificação do genoma completo de uma antiga mulher
- Descoberta dos micróbios bucais através da goma preservada
- Traços dietéticos revelados pelo DNA na goma
Como a goma de bétula preservou DNA humano antigo?
Os cientistas encontraram DNA preservado em uma goma antiga devido às propriedades antissépticas e à resistência à água da bétula. Este material, crucial também como adesivo pré-histórico, possibilitou a preservação do genoma em qualidade comparável a ossos petrosos.
O que revelou o genoma da pessoa antiga?
A análise revelou que a mastigadora era uma mulher relacionada geneticamente aos caçadores-coletores da Europa continental, e não aos escandinavos centralizados. Além disso, os achados mostraram traços como pele escura, cabelo escuro e olhos azuis.

Como a goma ajudou a entender a alimentação antiga?
Fragmentos de DNA de plantas e animais, como avelãs e pato, encontrados na goma indicavam a dieta da época. Isso sugere a presença de caçadores-coletores mesmo após a chegada da agricultura na Escandinávia. Estudos recentes apontam que a mastigação de resinas vegetais era comum não apenas para fins alimentares, mas também possivelmente ligados a práticas medicinais e sociais.
Quais bactérias antigas foram encontradas na goma?
Além do DNA humano, a goma revelou bactérias como Streptococcus pneumoniae, apontando para doenças bucais e infecções respiratórias. Segundo Anders Götherström, essa descoberta pode ser mais eficiente do que ossos antigos para estudar patógenos. Outros patógenos bucais também foram identificados em menor proporção, colaborando com o entendimento da saúde dos povos antigos.
Principais lições desse achado
- A goma de bétula atua como excelente conservante de material genético antigo.
- Descobertas revelam detalhes não só sobre os humanos, mas também sobre sua dieta e doenças.
- Análises genéticas mostram a coexistência de caçadores-coletores e agricultores na era mesolítica.









