O pepino (Cucumis sativus) é uma hortaliça amplamente cultivada e consumida em todo o mundo, notável por seu altíssimo teor de água, que confere propriedades medicinais relacionadas principalmente à hidratação e desintoxicação. Seu poder curativo reside na combinação de água, minerais, vitaminas e compostos bioativos, incluindo cucurbitacinas e flavonoides, com ênfase na sua ação diurética e anti-inflamatória.
Descubra os principais benefícios terapêuticos do pepino:
- Composição majoritariamente aquosa, promovendo hidratação interna e externa.
- Efeito diurético suave, que auxilia na eliminação de toxinas e combate o inchaço.
- Fitoquímicos com ação anti-inflamatória, ideais para o cuidado dermatológico.
Ação diurética e o combate à retenção de líquidos
O pepino é composto por cerca de 95% de água, o que lhe confere um efeito diurético natural e eficaz. Esta propriedade medicinal é potencializada pela presença de minerais como o potássio, que atua no equilíbrio hidroeletrolítico, estimulando os rins a eliminarem o excesso de sódio e água. O consumo de pepino é, portanto, uma estratégia alimentar simples para combater a retenção de líquidos e o inchaço. Uma análise sobre o potencial de hortaliças ricas em água na regulação hídrica do organismo confirma essa ação:
“O pepino é um alimento de baixa caloria e alto teor de água, ideal para promover a hidratação e um suave efeito diurético, contribuindo para a desintoxicação do corpo e para a saúde do trato urinário.” (PHILIPPI, 2016).

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Benefícios dermatológicos e ação calmante tópica
Um dos benefícios terapêuticos mais conhecidos do pepino é seu uso na saúde dermatológica. A aplicação tópica (na pele) da hortaliça tem um efeito anti-inflamatório e refrescante, graças a fitoquímicos como a vitamina C, os flavonoides e os ácidos orgânicos. O pepino é tradicionalmente usado para aliviar o inchaço ao redor dos olhos e acalmar a pele irritada ou queimada pelo sol. A ciência reconhece as propriedades curativas do pepino na área da cosmética:
“O extrato de pepino tem sido demonstrado como agente calmante e condicionador da pele, devido à sua capacidade de reduzir o edema e a inflamação, além de fornecer hidratação imediata à epiderme.” (KHAN, 2013).
Dica de uso tópico
Para alívio imediato do inchaço e irritação, rale o pepino e utilize-o em compressas ou máscaras faciais. O resfriamento natural do vegetal potencializa o efeito anti-inflamatório.
Ação antioxidante e a presença de cucurbitacinas
Embora seja majoritariamente água, o pepino contém compostos bioativos importantes que conferem ação antioxidante, como as cucurbitacinas e os lignanos. As cucurbitacinas são princípios ativos que têm sido estudados por seus potenciais benefícios à saúde, incluindo a inibição do crescimento de células anormais e a proteção contra o dano oxidativo. O consumo da hortaliça inteira, incluindo a casca (rica em fibras e carotenoides), garante a ingestão máxima desses fitoquímicos. Um estudo sobre os componentes do pepino destaca o potencial terapêutico:
“As cucurbitacinas, presentes no pepino, exibem uma gama de atividades biológicas, incluindo a ação antioxidante e a modulação da sinalização celular, que são relevantes para a prevenção de várias patologias.” (MENG et al., 2018).
Incluir pepino fresco em suas refeições é uma forma fácil de adicionar esses compostos bioativos à sua dieta. Confira o vídeo do canal da Nutricionista Patricia Leite mostrando os benefícios do pepino na saúde:
Pepino hidratação, detox e bem-estar
O pepino é um alimento funcional essencial que, devido à sua composição rica em água e fitoquímicos, oferece propriedades curativas significativas para a desintoxicação e a saúde da pele. Sua simplicidade esconde um grande poder curativo, validado pela ciência.
- O efeito diurético e a alta hidratação do pepino ajudam a combater a retenção de líquidos e a eliminar toxinas.
- A aplicação tópica oferece benefícios dermatológicos, aliviando o inchaço e a inflamação da pele.
- As cucurbitacinas e a vitamina C conferem ao pepino uma importante ação antioxidante e protetora celular.
Referências bibliográficas
- KHAN, G. R. E. C. The Cucumber: Botanical and Pharmacological Review. International Journal of Pharmaceutical Sciences and Research, v. 4, n. 11, p. 4185-4191, 2013.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. 7. ed. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
- MENG, J. et al. Cucurbitacins: Biosynthesis, Pharmacological Activity and Genetic Engineering. Molecules, v. 23, n. 7, p. 1549, 2018.
- PHILIPPI, Sonia Tucunduva. Pirâmide dos Alimentos: Fundamentos Básicos da Nutrição. 2. ed. Barueri: Manole, 2016.










