Na charmosa e isolada Ilha de Galesnjak, na Croácia, uma iniciativa turística inusitada transformou a comunicação entre moradores em uma experiência única: conversar à distância usando código Morse. Parte de um projeto experimental de turismo sustentável e interativo, a prática recria uma forma de contato antiga em um dos lugares mais românticos do mundo — conhecido também como “Ilha do Coração”.
Esse resgate da comunicação por luz é ao mesmo tempo poético, funcional e educativo, tornando Galesnjak uma referência em turismo criativo.
Como funciona o sistema de código Morse na ilha?
Como a ilha é pequena, sem veículos ou comércio, os moradores e visitantes interagem de forma lúdica e nostálgica com:
- Lanternas especiais ou refletores solares posicionados em pontos estratégicos
- Mensagens trocadas à distância com sinais curtos e longos de luz, baseados no código Morse tradicional
- Placas educativas com o alfabeto Morse para turistas aprenderem e praticarem
- Tours noturnos guiados, onde os visitantes trocam “mensagens de luz” com outros pontos da ilha
A proposta é usar a simplicidade da luz como forma de conectar pessoas sem tecnologia moderna, em meio à natureza.

Por que a ilha adotou essa ideia?
O projeto nasceu com múltiplos objetivos:
- Evitar poluição sonora e tecnológica, reforçando o clima de paz da ilha
- Incentivar o contato humano autêntico por meio de ferramentas simples
- Preservar o ambiente natural, evitando o uso de celulares ou Wi-Fi em excesso
- Criar uma experiência turística diferenciada, que valoriza a história e a criatividade
Além disso, o código Morse homenageia formas clássicas de comunicação marítima, conectando o passado ao presente.
Curiosidades sobre Galesnjak e o uso do código Morse
- A ilha tem formato natural de coração e ficou famosa mundialmente após ser mapeada pelo Google Earth
- É privada, com acesso limitado e ecoturismo controlado
- Visitantes são incentivados a “conversar com luzes” ao pôr do sol, entre barcos e pontos da ilha
- O projeto inclui workshops de código Morse para crianças e casais
- A ideia já atraiu documentaristas e artistas interessados em tecnologias analógicas
Galesnjak mostra que conversar não precisa de internet — basta luz, tempo e intenção. E que, em certos lugares do mundo, resgatar o silêncio e os sinais simples é a melhor forma de se conectar.










