O alecrim (Rosmarinus officinalis) é uma das plantas medicinais mais valorizadas pela fitoterapia atual, reconhecida por suas propriedades curativas que abrangem diferentes áreas da saúde. Esta erva aromática, comum em hortas brasileiras, destaca-se pelo potencial de melhorar funções digestivas, fortalecer a imunidade e atuar no equilíbrio do sistema nervoso.
Entre os benefícios mais notáveis do alecrim, destacam-se sua ação antioxidante, efeito anti-inflamatório e auxílio à digestão. Essas propriedades resultam da presença de compostos bioativos potentes encontrados nas folhas, tornando o uso da planta relevante tanto na medicina tradicional quanto em pesquisas científicas recentes.
- Atividade antioxidante protege as células do organismo.
- Ação anti-inflamatória contribui para o alívio de diversos desconfortos.
- Estimulação da digestão auxilia o trato gastrointestinal.
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Ação antioxidante do alecrim
O alecrim contém compostos fenólicos como o ácido rosmarínico e o carnosol, reconhecidos por suas propriedades antioxidantes. Essas substâncias neutralizam radicais livres, reduzindo o estresse oxidativo celular, fenômeno associado ao envelhecimento e a várias doenças crônicas. Estudos científicos destacam o papel protetor dessas moléculas na saúde, o que será detalhado a seguir com respaldo de publicações acadêmicas.
“O extrato de alecrim demonstrou capacidade significativa de inibir a oxidação lipídica e proteger biomoléculas celulares, atribuído principalmente à alta concentração de ácido rosmarínico e derivados fenólicos.” (BERTOLINI, 2011).

Propriedade anti-inflamatória
A presença dos diterpenos no alecrim confere à planta notável efeito anti-inflamatório. Eles agem modulando a síntese de mediadores inflamatórios, como prostaglandinas, contribuindo para o alívio de processos inflamatórios sistêmicos e tópicos. Essa atuação beneficia pessoas com dores articulares, inflamações cutâneas e desconfortos digestivos, conforme evidenciado em importantes periódicos da área de farmacognosia.
“Os diterpenos presentes no alecrim exibem ação anti-inflamatória notável, sendo úteis tanto no uso tópico quanto sistêmico, como evidenciado em modelos animais e ensaios clínicos.” (MATOS, 2011).
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Como o alecrim beneficia a digestão?
A folha de alecrim é rica em óleos essenciais como o cineol e cânfora, que atuam estimulando as secreções gástricas e facilitando a digestão. Além disso, estimula a produção de bile, melhorando a digestão de gorduras e contribuindo para o conforto gastrointestinal. O respaldo para essas informações pode ser encontrado em investigações científicas focadas em plantas medicinais utilizadas em distúrbios digestivos.
“Os extratos de alecrim, ao estimularem as funções digestivas, são tradicionalmente indicados para dispepsias, constipação e má digestão, graças à presença de compostos voláteis que promovem maior secreção salivar e gástrica.” (SIMÕES et al., 2022).
Outros usos terapêuticos reconhecidos
Além das propriedades mais conhecidas, o alecrim também é estudado por seu potencial ansiolítico leve e por conter substâncias que estimulam a circulação sanguínea. Seu uso em chás, banhos ou compressas pode apoiar o equilíbrio do sistema nervoso e a sensação de bem-estar, sendo tradicionalmente recomendado na fitoterapia, conforme literatura da área de plantas medicinais.
“Preparações com alecrim têm sido empregadas para induzir relaxamento, melhorar o humor e auxiliar como adjuvantes no tratamento de sintomas de fadiga mental.” (SCHMIDT, 2019).
- Modo de uso: chá das folhas secas (1 colher de sopa para 200 ml de água) de 1 a 2 vezes ao dia.
- Contraindicação: evitar uso exagerado e durante a gestação ou em doenças hepáticas sem indicação profissional.

Principais aprendizados sobre o alecrim e seus benefícios medicinais
- O alecrim reúne propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e digestivas, amplamente validadas por pesquisas científicas recentes.
- Seus compostos ativos beneficiam processos metabólicos, reduzindo o estresse oxidativo e inflamações.
- A literatura científica destaca o valor terapêutico do alecrim para uso complementar em diversas condições de saúde.
Referências bibliográficas
- BERTOLINI, Luiz Carlos; FERNANDES, Lívia da Silva. Plantas medicinais e fitoterapia: fundamentos e aplicações. São Paulo: Roca, 2011.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Fitoquímica: princípios, aplicações e perspectivas. 2. ed. Fortaleza: UFC, 2011.
- SCHMIDT, Guilherme Vicente. Guia Prático de Plantas Medicinais. Porto Alegre: Artes Médicas, 2019.
- SIMÕES, Consuelo et al. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. 7. ed. Porto Alegre: Elsevier, 2022.










