O novo Branca de Neve da Disney finalmente chegou aos cinemas em março de 2025. Mas não foi nada tranquilo. O filme virou o centro de uma das maiores polêmicas que a Disney já enfrentou. Rachel Zegler interpreta a princesa e Gal Gadot é a Rainha Má num projeto que custou quase 350 milhões de dólares.
Desde o anúncio do elenco, as redes sociais pegaram fogo. O trailer acumulou mais de 1 milhão de dislikes no YouTube. As bilheterias também não ajudaram, com apenas 95 milhões de dólares arrecadados no primeiro fim de semana mundial. Para um filme tão caro, é bem pouco.
Por que Rachel Zegler virou alvo de críticas?
A escolha de Rachel Zegler como Branca de Neve dividiu o público desde o início. A atriz tem ascendência colombiana e polonesa, o que gerou comentários racistas sobre ela não ser “branca o suficiente” para o papel. Para muitos fãs, isso mexeu com a essência do personagem clássico.
Rachel também não ajudou sua própria causa. Em 2022, ela disse que assistiu ao filme original de 1937 apenas uma vez e não gostou da história, achando tudo antiquado. Essas declarações irritaram os fãs tradicionais da Disney, que acusaram a atriz de desrespeitar a obra original.
Como a guerra em Gaza contaminou o filme?
A situação ficou ainda mais complicada quando Rachel Zegler e Gal Gadot entraram em conflito por causa da guerra na Faixa de Gaza. Em agosto de 2024, logo após o lançamento do trailer, Rachel postou “Palestina livre” no Twitter. Gal, que é israelense, não gostou nada.
A Disney teve que promover o filme separadamente com cada atriz. Durante a pré-estreia em Los Angeles, as duas foram mantidas longe uma da outra. Quando postaram sobre o filme nas redes sociais, nenhuma incluiu fotos com a colega de elenco.
Que outros problemas o filme enfrentou?
O projeto acumulou problemas desde o início. As filmagens começaram em 2022, mas um incêndio danificou o set no Pinewood Studios. Depois vieram as greves de roteiristas e atores de 2023, que atrasaram ainda mais a produção. O filme precisou de regravações que aumentaram os custos.
A representação dos sete anões também gerou polêmica. Peter Dinklage criticou o uso de estereótipos sobre nanismo. A Disney então decidiu fazer os anões em CGI, mas isso irritou outros atores com nanismo que perderam oportunidades de trabalho. Foi uma situação sem saída.
Como o filme se saiu com a crítica?
As avaliações não foram nada animadoras. No Rotten Tomatoes, o filme tem apenas 42% de aprovação da crítica. Muitos apontaram problemas na atuação de Rachel Zegler, dizendo que faltou calor humano e charme à personagem. O CGI dos anões também foi criticado por parecer artificial demais.
A trilha sonora, composta por Benj Pasek e Justin Paul (de La La Land), foi um dos poucos pontos positivos. Rachel realmente canta bem, mas isso não foi suficiente para salvar o filme. Os críticos disseram que faltou a magia que fez o original ser especial.
O que isso significa para a Disney?
O fiasco de Branca de Neve levanta questões sobre a estratégia da Disney com os live-actions. O estúdio gastou uma fortuna num projeto que dividiu o público antes mesmo de estrear. A empresa aprendeu da pior forma que nem todo clássico precisa ser refeito.
Branca de Neve pode ser lembrado como o momento em que a Disney exagerou na dose. Entre polêmicas políticas, críticas ao elenco e problemas de produção, o filme virou um exemplo de como as coisas podem dar errado. Resta saber se a Disney vai repensar sua fórmula de live-actions depois desse tropeço.









